
18/09/2025
É possível transformar áreas quase desérticas em solos férteis, regular infestações de “pragas” sem veneno, cultivar alimentos sem necessidade de agroquímicos e, ao invés de um solo cada vez mais drenado em nutrientes pela monocultura, conseguir um solo cada vez mais fértil. Essa solução não é uma novidade, mas ainda precisa ser difundida e cada vez mais aplicada por quem quer produzir alimentos em parceria com a natureza – estamos falando das agroflorestas.
Segundo Ernst Götsch, o precursor do Sistema Agroflorestal, é possível até mesmo — “plantar água”, como ele provou ao recuperar nascentes que antes haviam desaparecido até mesmo no semiárido brasileiro.
As agroflorestas estão entre os maiores instrumentos de regeneração do meio ambiente.
Chegamos a um nível de degradação do meio ambiente em que pensar em sustentabilidade não é mais suficiente. Precisamos reverter a direção em que a humanidade caminha com suas ações, gerando saldos positivos para o meio ambiente e por isso o termo “Regeneração” é o mais correto para quem quer construir um futuro melhor.
Os Sistemas Agroflorestais são uma resposta à essa necessidade urgente de regeneração, unindo florestas e produção de alimentos ao mesmo tempo em que ajudam a restaurar a saúde do solo e o equilíbrio ambiental. Mas, para que esse sistema ganhe mais espaço, no Brasil e no mundo, é preciso garantir a sua sustentabilidade econômica.
Assim como qualquer empreendimento sujeito a diversas variáveis de mercado, as agroflorestas precisam considerar o aspecto financeiro, além de variáveis de clima, bioma, tipo de solo, tipo de impacto por intervenção humana realizada por ocupações anteriores e até perfil do proprietário da terra.
Ao contrário da monocultura, que usa e abusa de produtos químicos para forçar a produção, a agrofloresta tem como ferramentas de produção a leitura do ambiente e seu equilíbrio. Essa decisão garante a regeneração dos ecossistemas, mas traz o desafio de garantir a viabilidade financeira.
“Ao conversar e acompanhar agroflorestores, identificamos essa necessidade de trabalhar mais esse tema de Modelos de Negócio para Agroflorestas e também a construção de uma estrutura única, que traz suporte e apoio a todos que desejam iniciar agroflorestas em suas terras, contribuindo para esse movimento a favor da regeneração” — diz Larissa Nakano, Gestora Ambiental e Fundadora da Mission Makers.
Entre as pessoas com quem Larissa conversou estão referências mundiais em agrofloresta, como o próprio Ernst Götsch, além de nomes como Murilo Arantes (Agrosintropia), Antônio Gomides, João Gilberto Milanez, Lucas Machado e Namastê, entre outros que já vem construindo esse movimento pelas agroflorestas. Segundo ela, o que precisamos como nação é somar forças para fortalecer esse movimento.
Por isso, a Mission Makers, se juntou à Agrosintropia, à fazenda-Beija-flor e à EcoUniversidade para abordar as agroflorestas com foco na estratégia de modelo de negócios. De forma online e gratuita, no próximo dia 20 de setembro, das 14h às 18h, cinco especialistas vão compartilhar seu conhecimento na Masterclass Agrofloresta Regeneração & Renda, com estratégias práticas de criação de negócios agroflorestais financeiramente sustentáveis.
Os mentores convidados são: Murilo Arantes (CEO da Agrosintropia), Viviane Noda (Marketing Regenerativo, Ecouniversidade), Larissa Nakano (Fundadora Mission Makers, Gestora Ambiental), José Valadares (Agrofloresta Beija-Flor, Medicina Integrativa) e Andrei Oliveira (Agrônomo, Diretor Técnico da Agrosintropia).
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