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Pneus velhos: qual o caminho desse resíduo?

11/09/2025

Carros, motos, caminhões, tratores, bicicletas – o transporte de pessoas e cargas depende de pneus. Quando eles ficam carecas e já não podem mais ser usados, são trocados por novos e pouca gente sabe o que acontece com o pneu velho. Isso porque a responsabilidade pelo descarte correto fica com centros automotivos e ou empresas que geram grande quantidade destes produtos e os consumidores acabam sem saber o que acontece.
No Brasil, existe um sistema gratuito que organiza a logística reversa de pneus. Estabelecimentos públicos ou privados que acumulam pneus velhos podem utilizar fazer parte do programa “Brasil Rodando Limpo” para garantir a destinação adequada sem pagar nada por isso, se cadastrando no sistema pelo site da Associação Brasileira das Empresas de Reciclagem de Pneus Inservíveis (Abrerpi).
Já estão cadastrados na plataforma 19 empresas recicladoras associadas à entidade, os coletores de pneus e os estabelecimentos onde normalmente acumula o resíduo, como centros automotivos, borracharias, transportadoras e locais públicos de descarte.
De acordo com Reinado Dorti, desenvolvedor do sistema, é uma solução muito simples, mas que resolve o problema do descarte irregular nas cidades em que os diversos atores responsáveis pela logística reversa percebem a vantagem e utilizam a ferramenta.
Com a otimização do transporte dos pneus velhos e a consequente redução de custos proporcionada por essa tecnologia, mais de 180 mil toneladas de pneus inservíveis são recicladas anualmente pelas empresas associadas à Abrerpi.
O programa Brasil Rodando Limpo é um modelo coletivo de atuação dos associados, com a participação aberta à administração pública e à iniciativa privada. Confere confiança, rastreabilidade e credibilidade na transferência da posse de um passivo ambiental importante, que é o pneu velho, até que ele chegue na recicladora e seja transformado em um ativo econômico, passando a integrar o ciclo produtivo de uma infinidade de novos produtos”, explica Dorti.
De acordo com a Abrerpi, a logística reversa do pneu acontece de diferentes formas conforme o perfil econômico de cada região do país, os volumes gerados e as características culturais.
Normalmente o centro automotivo cadastrado avisa no sistema quando há pneus velhos acumulados. O coletor da região visualiza em quais pontos deve passar, programa seu trajeto e faz o transporte até uma cooperativa de catadores. Quando acumula pneus suficientes para preencher uma carga de caminhão, a cooperativa faz a solicitação no sistema e a recicladora mais próxima providencia o transporte e reciclagem do material.
Em outros casos o processo é mais simplificado, por exemplo, quando uma grande transportadora ou varejista já tem o número de pneus inservíveis para preencher uma carreta. Neste caso, só faz o aviso no sistema e a recicladora providencia a coleta e transporte do resíduo direto para processamento.
Como consumidores podemos perguntar para os centros automotivos, oficinas ou lojas em que compramos pneus novos e realizamos a troca, se eles fazem a destinação correta dos produtos antigos. Caso isso ainda não aconteça, podemos indicar o sistema “Brasil Rodando Limpo”, ressaltando que não existe nenhum custo para o envio dos pneus antigos.
Uma outra maneira de dar um destino mais sustentável aos pneus que já encerraram sua vida útil é a trituração dos produtos descartados e envio deste novo material como matéria-prima como combustível alternativo para a indústria cimenteira, promovendo a economia circular e a sustentabilidade.
Para incluir estes resíduos no processo de coprocessamento, a Verdera, unidade de gestão e destinação sustentável de resíduos da Votorantim Cimentos, e a CBL Comércio e Reciclagem de Borrachas inauguram nesta quarta-feira (03/09) uma planta dedicada à trituração de pneus inservíveis em Cuiabá (MT). Com capacidade para processar até 1,5 mil toneladas de pneus por mês.

A matéria na íntegra pode ser lida no CicloVivo

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