
28/08/2025
Sob a perspectiva ocidental contemporânea, quando pensamos em “natureza” é comum imaginarmos ecossistemas intocados, selvagens, onde não se percebe a influência humana. Em outras palavras, normalmente entendemos a natureza como aquele lugar onde o ser humano não está, nem esteve.
Nessa lógica, ainda é comum para quem vive ou visita o Rio de Janeiro conceber a floresta do Parque Nacional da Tijuca como um bom exemplo de natureza intocada. Afinal, trata-se de uma floresta dentro de uma unidade de conservação de proteção integral, que permite apenas o uso indireto de seus recursos naturais.
Esse tipo de área protegida – o parque – tem como um de seus objetivos possibilitar a “recreação em contato com a natureza”. Ou seja, a natureza está lá, dentro dos limites do parque, para que possamos visitá-la em nossas fugas necessárias das cidades. Nós, em contrapartida, estamos aqui do lado de fora em nossas florestas de concreto.
Mas será que é isso mesmo? Essa separação entre humanos e natureza é mesmo real? Será que não temos um pouco de cidade na floresta, e floresta na cidade?
Para responder a esses questionamentos precisamos nos debruçar sobre a história ambiental dessas matas - e da cidade em torno dela. A área hoje inserida neste que é o Parque Nacional terrestre mais visitado do Brasil foi palco de um dos mais notáveis reflorestamentos da história do país.
Entre 1862 e 1894, o major Manuel Gomes Archer e Thomaz Nogueira da Gama reflorestaram - com a ajuda fundamental de 11 escravizados - uma área de aproximadamente 300 campos de futebol na área onde hoje se situa o parque.
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