
07/08/2025
Um sonho realizado. É como Aline Fabre resume sua participação na ação coletiva de limpeza na Praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Assim como ela, dezenas de voluntários se reuniram em um mutirão às vésperas do Dia Mundial dos Oceanos (comemorado em 8 de junho). Promovida pela Ortobom, em parceria com a plataforma Worldpackers, a iniciativa Beach Clean Up teve como foco a conscientização ambiental e o engajamento da comunidade.
O evento teve início com um café da manhã especial e uma relaxante sessão de alongamento e yoga. Ainda foram distribuídos bonés, camisetas, luvas, copos e tapetes de yoga aos participantes.
Com baldes nas mãos, o grupo se dividiu em dois para percorrer a areia da praia. Foram recolhidos bitucas de cigarro, canudinhos, objetos metálicos, vidro, entre outros. Em pouco menos de uma hora de ação, a quantidade de resíduos impressiona: mais de 34 kg de resíduos foram coletados. Confira abaixo a relação completa:
Plástico 13.070kg
Vidro 2.875kg
Metal 1.360 kg
Orgânico 3.840kg
Rejeito 12.915kg
Garrafa com óleo 0.595kg
Resíduos gerados no evento 1.175 kg
Bitucas 1.402 un
Além da limpeza em si, o mutirão também foi um momento de troca de experiências e aprendizado coletivo. Os voluntários participaram ativamente da separação correta dos materiais, com o apoio da equipe organizadora. Ou seja, além de cada resíduo recolhido representar uma ameaça a menos à fauna marinha, a ação promoveu educação ambiental – deixando um legado que se estende para o dia a dia dos participantes.
Aline Fabre, produtora de conteúdo literário e voluntária na ação, conta que teve contato com a educação ambiental desde a infância, o que a levou a adotar, até hoje, hábitos como a separação correta dos resíduos para reciclagem. Ainda assim, ela destacou que, por mais que a conscientização individual seja importante, ações coletivas como o mutirão são fundamentais para ampliar o alcance e o impacto das práticas sustentáveis.
“Cresci em cidades que não são litorâneas e sempre quis participar de uma limpeza de praia. Sinto que em comunidade a gente se fortalece e consegue potencializar as boas ações. O planeta é o primeiro que precisa receber isso porque é a nossa casa e se não sobreviver, a gente não sobrevive também”, afirma.
A fala de Aline reflete o espírito da ação: mais do que recolher resíduos, o mutirão teve como objetivo promover consciência e responsabilidade coletiva. E essa responsabilidade se estendeu também ao pós-coleta, uma vez que todo o material recolhido, devidamente separado pelos voluntários, teve destinação correta para uma cooperativa local, garantindo que o impacto positivo da iniciativa fosse além da areia da praia.
“Toda ação de Beach Clean Up, a gente faz parceria com uma cooperativa. No Rio de Janeiro já é o terceiro ano que a gente traz a Coopideal. Após a triagem, os catadores retiram com a gente aqui na praia. É uma forma também de gerar um pouco de verba através do resíduo”, explica Danielle Malta, gerente de projetos sustentáveis da Worldpackers.
Mais do que um evento pontual, o mutirão reforça a importância da união entre empresas, ações de impacto e a sociedade civil na construção de um futuro mais sustentável. Além disso, a escolha da data reforça a importância do engajamento popular em torno do Dia Mundial dos Oceanos, uma data criada pela ONU para lembrar a relevância dos mares na regulação climática, na biodiversidade e no sustento de milhões de pessoas ao redor do planeta.
Fonte: CicloVivo
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