
07/08/2025
Em um cenário intocado, cercado apenas pelas águas do Oceano Atlântico, pesquisadores identificaram dezenas espécies de peixes, vários tubarões, corais e até uma "montanha" submersa. Esse local é o Arquipélago de Martin Vaz, o ponto mais distante do litoral brasileiro, e que está localizado a 1.200 quilômetros de Vitória.
Martins Vaz é uma Área de Proteção Ambiental (APA) de difícil acesso, formada por quatro ilhas oceânicas que ficam próximas à Ilha da Trindade. Gerido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Marinha do Brasil, o arquipélago é inabitado.
A partir dessa expedição de 17 dias realizada no mês de junho, o grupo conseguiu realizar o levantamento de mais 100 espécies de peixes, tartarugas, tubarões, entre outros, além de seis espécies de coral.
Essas descobertas foram feitas por especialistas e pesquisadores do instituto, que realizaram uma expedição inédita ao local. O objetivo foi descobrir mais sobre as pequenas ilhotas oceânicas e um monte submerso (Monte Columbia), que chamam a atenção por apresentarem um cenário de natureza intocada pelo ser humano.
No meio de toda essa riqueza da natureza, pesquisadores analisam se ao menos uma nova espécie de peixe que vive em águas profundas foi detectada na região. Tudo isso só foi possível a partir do uso da tecnologia com um equipamento que desceu a 122 metros de profundidade e mapeou áreas nunca exploradas.
🏝️ A expedição em números:
🗓️ 17 dias;
🐠 Levantamento de mais de 100 espécies de peixes;
🌊 Levantamento de 6 espécies de corais;
🤿 Lançamento de robôs até 122 metros de profundidade;
🐟 Pelo menos um novo peixe descoberto.
A partir dos 17 censos realizados em mergulhos, a profundidades que variaram de seis a 30 metros, os pesquisadores também visualizaram a beleza e o colorido de 40 espécies diferentes de peixes.
De acordo com João Carlos Thomé, coordenador do Centro Nacional de Conservação das Tartarugas Marinhas e Biodiversidade do Mar do Leste, que participou da viagem, a expedição é um passo essencial para reforçar a importância do arquipélago para o meio ambiente. E também da necessidade de conhecer o local, mas mantê-lo preservado.
"Realizamos essa primeira expedição para fazer um levantamento mais detalhado dessas duas áreas, Martin Vaz e o Monte Columbia. É um trabalho inédito sendo feito do local mais distante da costa brasileira. São muitas coisas que não conhecemos bem e que são difíceis de acessar a partir do mergulho do ser humano. Então, com essa equipe e os novos equipamentos, conseguimos trazer informações para fazer essa conexão do alto mar com a costa", apontou.
A reportagem na íntegra pode ser lida no g1
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