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Relatório do governo Trump minimiza mudança climática e impacto de emissões; especialistas criticam

07/08/2025

Um relatório do Departamento de Energia dos Estados Unidos afirma que as projeções de mudança climática futuras são exageradas e minimiza o papel das emissões no aquecimento do planeta. A posição é criticada por especialistas que sinalizam a posição como "uma agenda para promover combustíveis fósseis".
➡️ Contexto: na última semana, o governo Trump se mobilizou para revogar uma declaração de 2009 que determinava que o dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa colocam em risco a saúde e o bem-estar público. Isso ajudaria a revogar várias regulamentações climáticas e a política nacional sobre emissões e meio ambiente.
Depois do movimento, o governo agora publicou o documento intitulado “Uma análise crítica dos impactos das emissões de gases de efeito estufa no clima dos Estados Unidos”. A análise foi elaborada por um grupo de cinco cientistas conhecidos por terem posições céticas em relação ao consenso científico sobre o aquecimento global. Entre eles, nomes como Judith Curry e Steven Koonin, frequentemente citados por negacionistas.
O documento foi encomendado pelo secretário de Energia, Christopher Wright — entusiasta da indústria fóssil — que afirma oferecer uma “visão alternativa” às conclusões do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O texto minimiza o papel dos gases do efeito estufa no aquecimento global e sugere que os modelos climáticos superestimam os impactos futuros das emissões.
“Muitos se surpreenderão com as conclusões, que diferem em pontos importantes da narrativa dominante. Isso mostra o quão longe o debate público se afastou da própria ciência”, afirma o secretário Wright no prefácio do documento.
Todos os cinco autores do relatório já estiveram no centro de controvérsias sobre mudanças climáticas. Judith Curry, por exemplo, é frequentemente citada em audiências republicanas no Congresso por minimizar os riscos do aquecimento global.
Steven Koonin, ex-conselheiro científico do Departamento de Energia no governo Obama, escreveu um livro em que critica o “alarmismo” climático.
John Christy e Roy Spencer, ambos da Universidade do Alabama, são conhecidos por contestarem dados de aquecimento com base em medições por satélite.
Especialistas em clima e instituições acadêmicas reagiram com preocupação ao conteúdo e à forma de divulgação do relatório.
O temor é que o documento seja usado como ferramenta política para desacreditar ações climáticas e enfraquecer regulações ambientais.
O pesquisador Carlos Nobre, referência em mudanças climáticas, afirma que o documento distorce dados científicos.
Um exemplo: o texto cita que o aumento de gás carbônico na atmosfera eleva a fotossíntese — processo que transforma esse gás em oxigênio —, sugerindo que isso seria algo positivo.
No entanto, não explica que, para haver mais gás carbônico na atmosfera, é necessário haver poluição ou desmatamento (que, no Brasil, por exemplo, responde pela maior parte das emissões). Isso agrava a poluição, a degradação ambiental e outros fatores que prejudicam a vida humana.
"Chega a ser difícil de acreditar que um país como os Estados Unidos, com milhares de cientistas climáticos de altíssimo nível, pudesse produzir um tipo de inverdade científica como essa", explica.
Nobre também chama atenção para a postura negacionista adotada pelo país, em meio ao esforço global para reduzir emissões, sendo uma das nações que mais poluem no mundo.

Para saber o que diz o relatório basta acessar o g1

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