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Novo estudo alerta que o mundo está ficando sem tempo para evitar os piores impactos das mudanças climáticas

29/07/2025

As más notícias sobre o clima estão por toda parte. A África está sendo atingida de forma particularmente dura pelas mudanças climáticas e pelo clima extremo, afetando vidas e meios de subsistência.
Vivemos em um mundo que está se aquecendo no ritmo mais rápido desde o início dos registros. No entanto, os governos têm sido lentos para agir.
Faltam apenas alguns meses para a conferência anual das partes sobre mudança climática global (COP30). Todos os 197 países que fazem parte das Nações Unidas já deveriam ter apresentado planos climáticos nacionais atualizados à ONU até fevereiro deste ano.
Esses planos descrevem como cada país reduzirá suas emissões de gases de efeito estufa de acordo com o Acordo de Paris. Esse acordo compromete todos os signatários a limitar o aquecimento global causado pelo homem a não mais que 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
Os governos também devem levar seus planos de ação climática nacionais recém-atualizados para a COP30 e mostrar como planejam se adaptar aos impactos que as mudanças climáticas trarão.
Mas até o momento, apenas 25 países, cobrindo cerca de 20% das emissões globais, apresentaram seus planos, conhecidos como NDCs (contribuições nacionalmente determinadas). Na África, esses países são Somália, Zâmbia e Zimbábue. Ainda faltam 172.
As contribuições nacionalmente determinadas são muito importantes para definir os compromissos de curto e médio prazo dos países com relação às mudanças climáticas. Elas também fornecem uma rota que pode informar decisões políticas e investimentos mais amplos. O alinhamento dos planos climáticos com as metas de desenvolvimento poderia tirar 175 milhões de pessoas da pobreza.
Mas, sem dúvida, apenas um dos planos apresentados, o do Reino Unido, é compatível com o Acordo de Paris.
Somos cientistas climáticos e um de nós (Piers Forster) lidera a equipe científica global que publica o relatório anual "Indicators of Global Climate Change". Esse relatório apresenta uma visão geral do estado do sistema climático.
Ele se baseia em cálculos das emissões líquidas de gases de efeito estufa em todo o mundo, como esses gases estão se concentrando na atmosfera, como as temperaturas estão subindo no solo e quanto desse aquecimento foi causado pelos seres humanos.
O relatório também analisa como as temperaturas extremas e as chuvas estão se intensificando, o quanto os níveis do mar estão subindo e quanto dióxido de carbono ainda pode ser emitido antes que a temperatura do planeta ultrapasse 1,5°C a mais do que na era pré-industrial. Isso é importante porque é necessário manter o limite de 1,5°C para evitar os piores impactos da mudança climática.
Nosso relatório mostra que o aquecimento global causado pelo homem atingiu 1,36°C em 2024. Isso elevou as temperaturas médias globais (uma combinação de aquecimento induzido pelo homem e variabilidade natural no sistema climático) para 1,52°C.
Em outras palavras, o mundo já atingiu um nível de aquecimento tão elevado que não pode evitar impactos significativos da mudança climática. Não há dúvida de que estamos em águas perigosas.
Embora as temperaturas globais do ano passado tenham sido muito altas, elas também não foram nada excepcionais. Os dados falam por si só. Os níveis recordes e contínuos de emissões de gases de efeito estufa levaram ao aumento das concentrações atmosféricas de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso.
O resultado é o aumento das temperaturas que está consumindo rapidamente o orçamento restante de carbono (a quantidade de gases de efeito estufa que pode ser emitida dentro de um prazo acordado). Se os níveis atuais persistirem, esse orçamento será esgotado em menos de três anos.
Precisamos encarar isso de frente: a janela para ficar dentro de 1,5°C está essencialmente fechada. Mesmo que consigamos reduzir as temperaturas no futuro, o caminho será longo e difícil.

A reportagem completa pode ser lida na Folha de S. Paulo

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