
24/07/2025
Uma das maiores formações flutuantes de gelo da Antártida foi registrada recentemente pelo satélite europeu Copernicus Sentinel-2.
A imagem, divulgada nesta terça-feira (22), mostra o glaciar David avançando sobre o oceano e alimentando a famosa "Drygalski Ice Tongue", ou língua de gelo Drygalski, na Antártida Oriental.
🧊 ENTENDA: Com cerca de 90 km de comprimento, essa estrutura se projeta sobre o Mar de Ross, uma enorme baía gelada ligada ao Oceano Antártico e considerada uma das regiões mais preservadas e monitoradas do continente.
A formação recebeu esse nome em homenagem ao geofísico e explorador alemão Erich von Drygalski, que liderou a primeira expedição científica alemã à Antártida entre 1901 e 1903.
Drygalski foi um dos pioneiros no estudo das geleiras do continente e documentou várias regiões inexploradas à época.
Já a nova imagem, captada em 17 de março, destaca as linhas paralelas da língua de gelo, moldadas pelo deslocamento contínuo do glaciar e pela interação com o mar.
Segundo os cientistas, estruturas como essa sofrem mudanças frequentes ao longo do tempo, esculpidas por ondas, tempestades e desprendimentos, quando grandes blocos de gelo se soltam e seguem à deriva como icebergs.
Justamente por isso, o programa Copernicus ressalta que o monitoramento via satélite é essencial para acompanhar a dinâmica dessas formações remotas e entender como elas evoluem ao longo do tempo.
“O acompanhamento contínuo dessas áreas ajuda a avaliar como a perda de gelo na Antártida contribui para a elevação do nível do mar em escala global”, destacou a equipe responsável pelo satélite, em um comunicado.
Dados mais recentes mostram inclusive que o gelo marinho da Antártida segue em níveis criticamente baixos.
Em julho de 2025, a extensão total da cobertura flutuante foi de 12,6 milhões de km², a terceira menor marca já registrada para esta época do ano. O valor representa uma queda de 9% em relação à média histórica entre 1991 e 2020.
🌡️ A situação é especialmente grave no Mar de Bellingshausen, onde ventos quentes do norte têm acelerado o derretimento.
Além disso, os primeiros meses de 2025 já bateram recordes negativos: em fevereiro, a extensão mínima do gelo marinho chegou a apenas 1,87 milhão de km², um dos menores valores desde o início dos registros por satélite, há quase cinco décadas.
Fonte: g1
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