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Brasil tem uma das energias renováveis mais baratas do mundo, aponta relatório da IRENA

22/07/2025

O Brasil aparece entre os países com menor custo de geração de energia renovável do mundo, segundo um novo relatório da Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA), divulgado nesta terça-feira (22).
A publicação mostra que o país manteve sua posição de liderança global em competitividade, com custo médio de energia eólica onshore de US$ 30 por megawatt-hora (MWh), cerca de 32% abaixo da média mundial.
Além dos preços baixos, o Brasil também foi o 4º país que mais adicionou capacidade renovável em 2024, atrás apenas de China, EUA e União Europeia. Foram quase 19 gigawatts de nova capacidade solar instalada no país no último ano.
O estudo confirma que 91% dos novos projetos de energia limpa no mundo em 2024 foram mais baratos que qualquer alternativa fóssil.
A energia solar, por exemplo, teve custo médio global de US$ 0,043 por quilowatt-hora (kWh), e a eólica terrestre, de US$ 0,034/kWh.
Ainda segundo o relatório, esses valores confirmam uma tendência já observada em anos anteriores: a de que as energias renováveis seguem mais competitivas do que os combustíveis fósseis, mesmo em um cenário global marcado por instabilidades geopolíticas, inflação e desafios logísticos.
No caso do Brasil, o destaque não se limita ao preço. O país também manteve um ritmo acelerado de crescimento.
▶️Também de acordo com a IRENA, o Brasil já conta com 88% de sua matriz elétrica composta por fontes renováveis, e a energia solar e eólica juntas representam quase um quarto da geração total de eletricidade.
A agência estima que os projetos renováveis adicionados globalmente em 2024 evitaram cerca de US$ 57 bilhões em custos com combustíveis fósseis.
“Energia limpa é economia inteligente – e o mundo está seguindo o dinheiro. As renováveis estão em ascensão, a era dos combustíveis fósseis está desmoronando, mas os líderes devem remover barreiras, construir confiança e liberar financiamento e investimentos. As renováveis estão iluminando o caminho para um mundo com energia acessível, abundante e segura para todos", afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres.
No acumulado desde 2000, a economia já passa de US$ 400 bilhões, com o Brasil contribuindo de forma significativa graças à sua matriz limpa e à expansão recente de fontes como solar e eólica.
Apesar da competitividade nos custos de geração, o Brasil ainda convive com um paradoxo: a conta de luz segue entre as mais caras do mundo.
Segundo dados do setor elétrico, a tarifa média paga pelo consumidor brasileiro chega a R$ 864 por megawatt-hora, valor mais de cinco vezes superior ao da Argentina.
Especialistas atribuem esse descompasso a encargos e tributos que encarecem a fatura final. Quase metade do valor da conta de luz não está relacionada diretamente à geração, transmissão e distribuição, mas sim a subsídios, encargos setoriais e impostos.
Outro desafio apontado pelo relatório é a falta de infraestrutura para escoar a energia renovável gerada em regiões como o Nordeste, onde estão concentradas muitas das novas usinas solares e eólicas.
Em alguns casos, projetos enfrentaram cortes de geração (curtailment) de mais de 50% por falta de linhas de transmissão suficientes.
Em 2024, o setor de energia renovável movimentou mais de R$ 53 bilhões no país e gerou cerca de 457 mil empregos diretos e indiretos.
"A nova geração renovável supera os combustíveis fósseis em custo, oferecendo um caminho claro para energia acessível, segura e sustentável. Essa conquista é fruto de anos de inovação, diretrizes políticas e mercados em expansão. No entanto, esse progresso não está garantido."
— Francesco La Camera, diretor-geral da IRENA
O relatório da IRENA também destaca que a expansão de fontes como solar e eólica precisa vir acompanhada de investimentos em sistemas de armazenamento, modernização da rede elétrica e ferramentas digitais para gestão do sistema.
A agência alerta que, embora as fontes renováveis já sejam mais baratas em grande parte do mundo, fatores como tarifas comerciais, instabilidades geopolíticas e cadeias de suprimento frágeis podem impactar temporariamente os custos.

Fonte: g1

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