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União Europeia propõe nova meta climática e pela primeira vez inclui compra crédito de carbono de países em desenvolvimento

03/07/2025

A Comissão Europeia propôs nesta quarta-feira (2) a meta climática da União Europeia para 2040 que, pela primeira vez, permite que os países usem créditos de carbono de nações em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. (Entenda mais abaixo)
A meta proposta pelo executivo da União Europeia é de reduzir as emissões líquidas de gases de efeito estufa em 90% até 2040 , em relação aos níveis de 1990. A medida tem como objetivo manter os países do bloco no caminho para a meta de 2050, que é de emissões líquidas zero.
No entanto, após a oposição de governos como França, Alemanha, Itália, Polônia e República Tcheca, a Comissão decidiu propor flexibilidades que suavizariam a meta para as indústrias europeias.
A União Europeia tem uma das metas climáticas mais ambiciosas entre todas as grandes economias. Isso porque também são os quartos maiores emissores do mundo. Até agora, as metas de emissões tinham se baseado inteiramente em cortes de emissões nacionais e, agora, pela primeira vez, se tornaram mais flexíveis.
➡️ Para entender melhor como isso vai funcionar, no caso da Alemanha, por exemplo, até 3 pontos percentuais da meta de 2040 podem ser cobertos por créditos de carbono comprados de outros países por meio de um mercado apoiado pela ONU, reduzindo o esforço exigido pelas indústrias nacionais.
Os créditos de carbono seriam implementados gradualmente a partir de 2036, e a UE vai propor uma legislação no ano que vem para estabelecer regras sobre os padrões de qualidade que os créditos devem atender e quem os compraria.
Na visão do comissário climático da UE , Wopke Hoestra, a compra de créditos de carbono estrangeiros poderia ajudar a diplomacia da UE com outros países.
"Estamos mantendo o curso da transição limpa. Sabemos por que estamos fazendo isso — por razões econômicas, de segurança e geopolíticas", disse Hoestra em um comunicado.
Os países também teriam mais flexibilidade na escolha de quais setores em sua economia contribuiriam mais para a meta de 2040 .
Os países e legisladores da UE ainda precisam negociar e aprovar a meta de 2040. Esse processo legislativo pode levar anos, mas o bloco tem o prazo até setembro para apresentar uma nova meta climática para 2035 à ONU – que, segundo a Comissão , deve ser derivada da meta de 2040 .
As mudanças climáticas fizeram da Europa o continente com aquecimento mais rápido do mundo. Nesta semana, uma onda de calor vem levando as temperaturas nos países a recordes históricos, como em Barcelona, que chegou a maior máxima em 100 anos. Na França, escolas tiveram que ser fechadas por causa do calor.
Apesar dos reflexos claros das consequências da mudança do clima na região, as políticas ambiciosas da Europa para combater o aumento da temperatura vem criando tensões dentro do bloco que tem 27 países membros.
➡️ Alguns governos e legisladores dizem que as indústrias afetadas pelas tarifas dos EUA e pelos altos custos de energia não podem arcar com regras de emissões mais rígidas.
➡️ Com isso, pela primeira vez, a medida foi flexibilizada para empresas e ainda inclui a compra de créditos, que também suaviza a meta para empresas. A ideia é que elas possam comprar créditos de carbono que compensem suas emissões, mas não reduzi-las na intensidade que previa a medida.

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