
29/05/2025
Os resíduos orgânicos são cerca de 50% do “lixo” produzidos nas cidades. Dar um destino correto a este material, gerado nas casas, comércios e empresas garante que metade dos resíduos sólidos urbanos se transforme em adubo orgânico por meio de um processo natural e relativamente simples. Estamos falando da compostagem, a decomposição controlada de resíduos orgânicos que gera um composto nutritivo para o solo e que pode substituir agrotóxicos na agricultura.
Além de favorecer uma agricultura mais sustentável e saudável, a compostagem evita que os resíduos sejam destinados a aterros ou mesmo lixões, onde produzem gases de efeito estufa, desde o transporte até a disposição final. Outra grande vantagem é uma separação melhor do que chamamos de lixo: longe dos orgânicos, os materiais recicláveis ficam mais limpos, têm mais valor agregado e melhoram a vida de catadores, catadoras e das cooperativas de reciclagem nas cidades.
E aí? Quer compostar seus resíduos orgânicos? Se você não tem tempo, disponibilidade ou interesse me ter um minhocário em casa ou participar de projetos de compostagem comunitária, pode fazer isso sem nenhum esforço. É só contratar empresas que fazem a coleta dos seus resíduos orgânicos e, por um valor mensal, contribuir para que essa solução baseada na natureza ganhe cada vez mais força e espaço.
Quem mora na Zona Oeste de São Paulo, pode contratar com a Serei Composto, um projeto desenvolvido pelo agrônomo Francisco Ugayama e pelo publicitário Marceno Braga. Juntos, eles combinaram suas especialidades e prometem uma gestão de resíduos orgânicos que une rigor técnico e sensibilidade criativa para transformar o cenário das cidades.
Por planos mensais a partir de R$ 59 é possível contratar a coleta dos resíduos na sua casa ou empresa e garantir que eles serão encaminhados para a compostagem. Ao contratar o serviço você recebe um kit com um baldinho, sacos compostáveis e serragem para controlar a umidade e possíveis odores dos seus resíduos orgânicos (que desaparecem quando o baldinho está fechado).
“Mais do que uma solução ambiental, o projeto é um convite à transformação urbana a partir de práticas regenerativas, conectando ciência, design e empreendedorismo social”, conta Francisco Ugayama.
A principal inovação está na verticalização das leiras, uma técnica que permite realizar compostagem mesmo em espaços reduzidos, como quintais, varandas, garagens e áreas urbanas limitadas. Outra vatagem dessa técnica, segundo a dupla é a redução significativa do tempo de transformação da matéria, o que viabiliza o processamento de volumes escaláveis de resíduos em menos tempo.
As leiras convencionais são pilhas horizontais formadas por matéria orgânica rica em nitrogênio e carbono que serão biodegradadas num período entre 3 e 4 meses. Tanto as leiras convencionais como a leira vertical da Serei Composto podem chegar a mais de 65ºC e, portanto, são consideradas como compostagem termofílica (ou quente), diferentemente da vermicompostagem, que é realizada com minhocas.
Conclua a leitura desta reportagem acessando o CicloVivo
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