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Microplásticos, luzes urbanas e até guerras ameaçam abelhas

22/05/2025

As abelhas têm um papel fundamental no meio ambiente para o equilíbrio do ecossistema e a produção de alimentos. Estima-se que mais de 75% das culturas alimentares do mundo, 35% das terras agrícolas globais e quase 90% das espécies de plantas silvestres com flores dependem da polinização de abelhas, borboletas, morcegos, entre outros animais. Apesar da importância vital para o planeta, diversos estudos apontam para o declínio populacional dos polinizadores, em especial das abelhas. Um relatório inédito, publicado nesta terça-feira (20), Dia Mundial da Abelha, traz novos e sérios riscos para as abelhas e outros polinizadores na próxima década.
Publicado pela Universidade de Reading, no Reino Unido, o documento identifica as 12 principais ameaças emergentes que podem acelerar a perda de polinizadores nos próximos 5 a 15 anos, confira abaixo:

🐝​ Guerras e conflitos, como a guerra na Ucrânia, forçam os países a cultivar menos tipos de culturas e deixam os polinizadores sem alimentos diversos durante toda a estação.
🐝​ Partículas de microplástico contaminam colmeias em toda a Europa. Testes em 315 colônias de abelhas revelaram materiais sintéticos como plástico PET na maioria das colmeias.
🐝​ A luz artificial à noite reduz as visitas de polinizadores noturnos às flores em 62% e inibe o papel crucial que as mariposas e os insetos noturnos desempenham na polinização.
🐝​ Poluição por antibióticos estão contaminando colmeias e mel, além de afetar o comportamento dos polinizadores, como reduzir sua busca por alimento e visitas às flores.
🐝​ Poluição do ar (com gases como ozônio e óxidos de nitrogênio) afetando a sobrevivência, reprodução e crescimento dos insetos.
🐝​ Coquetéis de pesticidas enfraquecem os polinizadores, que cada vez mais enfrentam uma mistura perigosa de diferentes agrotóxicos, principalmente em países em desenvolvimento.
🐝​ Incêndios florestais mais frequentes e maiores, destruindo habitats de polinizadores e dificultando a recuperação.
🐝​ Plantio de árvores mal planejado para Net Zero. Plantar muitas árvores pode ajudar ou prejudicar a natureza, dependendo do tipo de árvore plantada e de onde.
🐝​ Aumento da agricultura em ambientes fechados. O cultivo em espaços fechados reduz os habitats naturais dos polinizadores selvagens e pode espalhar doenças por meio da introdução de polinizadores gerenciados.
🐝​ Aumento da demanda por mineração de metais. A mineração de materiais como lítio e cobalto, usados ​​em baterias, danifica a terra e a água, o que pode prejudicar os polinizadores.
🐝​ Poluição por metais pesados. Metais tóxicos como cádmio e mercúrio podem prejudicar a saúde, o comportamento e a sobrevivência dos polinizadores.
🐝​ Perda regional do monitoramento de pesticidas. Sem o rastreamento adequado, pesticidas nocivos podem ser usados ​​em excesso, matando polinizadores e removendo recursos florais, além de tornar as “pragas” resistentes e danificar o meio ambiente.

O relatório foi encomendado pela Bee:wild, um movimento sem fins lucrativos formado por cientistas para salvar os polinizadores e que integra a organização internacional Re:wild, focada na proteção e restauração da natureza.
Como o título sugere, o relatório “Ameaças emergentes e oportunidades para a conservação de polinizadores globais” também joga luz sobre as medidas que podem ser tomadas para proteger os polinizadores e, consequentemente, evitar novos declínios significativos.
“Agindo precocemente, podemos reduzir os danos e ajudar os polinizadores a continuar seu importante trabalho na natureza e na produção de alimentos. Diversas oportunidades de conservação já existem e mais estão surgindo. Esta não é apenas uma questão de conservação. Os polinizadores são essenciais para nossos sistemas alimentares, resiliência climática e segurança econômica. Proteger os polinizadores significa proteger a nós mesmos”, destaca o professor Simon Potts, da Universidade de Reading, principal autor do estudo.

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