
06/05/2025
A empresa japonesa Serendix concluiu em Arida, no Japão, aquela que afirma ser a primeira estação ferroviária impressa em 3D do mundo. A construção foi realizada no intervalo entre o último e o primeiro serviço de trem, concluída em apenas seis horas.
O projeto foi desenvolvido em colaboração com o JR West Japan Group e o estúdio de arquitetura japonês Neuob, resultando em um abrigo com teto arqueado para a Estação Hatsushima. A nova estrutura substitui um antigo abrigo de madeira, construído em 1948.
Segundo a Serendix, o edifício da estação foi construído a partir de quatro elementos impressos em 3D, fabricados previamente em uma unidade industrial. O processo de montagem no local levou cerca de duas horas. A prática de construir fora do horário de operação dos trens, normalmente feita à noite, costuma exigir prazos longos, mas a abordagem da Serendix reduziu drasticamente esse tempo.
A nova estação foi formada por quatro peças pré-fabricadas: um teto, uma parede traseira e dois módulos laterais que também integram o piso. A fabricação dessas partes levou sete dias. O processo utilizou um braço robótico e um bico para imprimir a estrutura em uma argamassa de secagem rápida. Após a impressão, vergalhões e concreto foram adicionados para aumentar a resistência das peças.
Durante a montagem, as partes foram unidas com barras de metal e adesivo, garantindo a fixação sólida da estrutura. O abrigo mede 6,3 metros de largura, 2,1 metros de profundidade e o teto arqueado atinge 2,6 metros de altura.
Nas paredes do fundo, foram impressos em relevo uma tangerina e um peixe-espada, símbolos dos produtos populares da região de Arida. “Designs arredondados são caros e difíceis de alcançar em construções tradicionais de concreto com formas”, explicou Hiroshi Ota, fundador da Neuob. “Optamos por formas curvas e suaves para tirar proveito das possibilidades únicas da impressão 3D.”
A Serendix também inovou no processo de impressão: em vez das tradicionais camadas horizontais, as peças foram impressas verticalmente, criando um padrão listrado que reduz as marcas de chuva e melhora a manutenção do edifício. “Conduzimos estudos técnicos extensivos para girar a saída em 90 graus após a impressão”, explicou a empresa.
A Estação Hatsushima será aberta ao público em julho, após a finalização das obras externas e a instalação das catracas. A Serendix planeja replicar a técnica para construir outras estações no futuro, destacando a agilidade e o custo reduzido como grandes vantagens.
“Normalmente, construir uma estação desse tamanho com concreto armado levaria de um a dois meses”, afirmou a Serendix. “Além disso, o Japão enfrenta uma escassez notável de trabalhadores da construção civil, o que aumenta os custos de mão de obra. A estação impressa em 3D, feita de concreto durável, foi montada em apenas duas horas, oferecendo uma solução mais acessível e escalável.”
No início deste ano, a empresa de tecnologia de construção ICON também concluiu uma casa impressa em 3D no Texas e anunciou o desenvolvimento de um novo projeto habitacional em parceria com o arquiteto Michael Hsu.
Fonte: CicloVivo
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