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Em 12 anos, Índia dobrou sua população de tigres

13/02/2025

Os esforços de conservacionista trouxeram resultados positivos na Índia. Entre 2010 e 2022, a população de tigres no país mais que dobrou, saltando de 1,7 mil animais para cerca de 3,7 mil aproximadamente. Os esforços tiveram como foco proteger os tigres da perda de habitat, da caça ilegal, garantir presas suficientes, melhorar os padrões de vida das comunidades que vivem próximos às áreas de tigres e reduzir os conflitos entre humanos e animais selvagens.
Os dados e histórico foram publicados em um estudo publicado no periódico científico Sciene. Com esses avanços conservacionistas, a Índia abriga hoje cerca de 75% da população mundial de tigres, de acordo com estimativas da Autoridade Nacional de Conservação de Tigres, conforme relatado pela Associated Press.
“A recuperação de carnívoros grandes, mas ecologicamente importantes, representa um desafio global. A recuperação do tigre (Panthera tigris) na Índia, a região mais populosa do mundo, oferece uma oportunidade distinta para avaliar os impulsionadores socioecológicos da recuperação da megafauna”, escreveram os autores do estudo.
“A ocupação do tigre aumentou em 30% nas últimas duas décadas, levando à maior população global ocupando cerca de 138 mil quilômetros quadrados. Os tigres ocuparam persistentemente áreas protegidas ricas em presas e livres de humanos, mas também colonizaram habitats conectados, compartilhados com 60 milhões de pessoas, aproximadamente.”
Os pesquisadores descobriram que algumas comunidades localizadas perto de habitats de tigres se beneficiaram do aumento de tigres devido ao tráfego de pedestres e à receita gerada pelo ecoturismo.
O estudo, “Recuperação do tigre em meio à população e à pobreza” revela com o caso da Índia que a conservação pode beneficiar a biodiversidade e também as comunidades locais.
“A crença comum é que as densidades humanas impedem um aumento nas populações de tigres”, disse o cientista sênior da Indian National Academy of Sciences e autor principal do estudo, Yadvendradev Jhala. “O que a pesquisa mostra é que não é a densidade humana, mas a atitude das pessoas, que importa mais. Sem apoio, participação e benefícios da comunidade, a conservação não é possível em nosso país”, disse Jhala.
Tigres vagam por cerca de 140 mil quilômetros quadradas da Índia, quase o tamanho do estado de Nova York. No entanto, apenas 25% dessa área é protegida e tem presas abundantes e 45% por cento do habitat dos grandes felinos é compartilhado com humanos.
“Perda de habitat, esgotamento de presas, conflito com humanos e demanda ilegal por partes de seus corpos, combinados com baixas densidades e grandes requisitos de espaço para população viável, levaram grandes carnívoros a números nos quais muitos perderam seu papel funcional e alguns estão à beira da extinção”, escreveram os autores no estudo.
“A ausência e extinção de tigres foram caracterizadas por conflito armado, pobreza e extensas mudanças no uso da terra. Poupar terra para tigres permitiu o compartilhamento de terras, desde que a prosperidade socioeconômica e a estabilidade política prevalecessem. A recuperação do tigre da Índia oferece um otimismo cauteloso para a recuperação da megafauna, particularmente no Sul Global.”
Ecologistas e conservacionistas da vida selvagem disseram que os tigres e outros animais selvagens da Índia se beneficiariam de dados de origem disponibilizados a um grupo maior de cientistas. Instituições apoiadas pelo governo indiano coletaram os dados para o estudo.
De acordo com o ecologista Arjun Gopalaswamy, especialista em estimativas de população de vida selvagem, os números do programa oficial de monitoramento de tigres na Índia têm sido “contraditórios” e “caóticos”.
Para o ecologista, alguns dos números do estudo são muito maiores do que estimativas anteriores de distribuição de tigres tiradas dos mesmos conjuntos de dados. No entanto, as descobertas parecem ter corrigido uma anomalia relacionada ao tamanho da população de tigres e sua distribuição geográfica que tem sido repetidamente sinalizada por cientistas desde 2011.

Fonte: CicloVivo

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