
06/02/2025
Além das consequências diretas para o meio ambiente, a piora no aquecimento global pode tornar algumas regiões do planeta impossíveis de se viver.
➡️Um estudo realizado por pesquisadores da King´s College London, publicado nesta terça-feira (4) na revista científica "Nature Reviews Earth and Environment", mostrou que o aumento de 2°C acima da média pré-industrial pode triplicar as áreas consideradas quentes demais para seres humanos.
Esse patamar é justamente o que o Acordo de Paris pretende evitar até o fim do século. O objetivo é manter o aquecimento global em até 1,5°C, o chamado "limite seguro" das mudanças climáticas – algo que já vem sendo questionado, uma vez que recordes consecutivos de calor estão sendo quebrados.
As descobertas, segundo os pesquisadores, evidenciam as consequências mortais a que os seres humanos vão ser expostos se as temperaturas atingirem esse nível.
Tom Matthews, autor principal do estudo e professor sênior de Geografia Ambiental na King´s College London, explica que os limiares de calor insuportável, que até agora só foram ultrapassados brevemente nas regiões mais quentes da Terra, vão ser mais comuns a uma parcela bem maior da população mundial com o aquecimento de 2°C.
A pesquisa destaca que as regiões que correm mais risco de ultrapassarem os patamares críticos de temperatura são a África Subsaariana e o sul da Ásia por estarem em uma posição considerada ´´linha de fogo".
Para entender os impactos que o aumento na temperatura global pode causar para a vida humana, os pesquisadores consideraram dois principais parâmetros:
🥵 Limiares incompensáveis - cenários em que a temperatura corporal aumenta de maneira descontrolada. Dependem fortemente da idade e da combinação da temperatura e umidade relativa do ar.
🥵 Limiares insuportáveis - quando há o aumento da temperatura central para 42°C em um período de seis horas.
➡️De acordo com o estudo, desde 2000, foram registradas mais de 260 mil mortes relacionadas ao calor extremo, o que mostra como as altas temperaturas são uma ameaça à vida humana.
Foi observado que, entre 1994 e 2023, as chamadas tolerâncias térmicas humanas – uma combinação de temperatura e umidade acima da qual do corpo não consegue suportar – foram ultrapassadas de maneira mais ampla e frequente no caso dos idosos, grupo mais suscetível ao estresse térmico.
Caso o patamar de 2°C seja atingido, esse cenário vai passar a atingir também os jovens saudáveis, que em geral são menos impactados pelas altas temperaturas.
"Nessas condições, a exposição prolongada ao ar livre, mesmo para aqueles que estão na sombra, sujeitos a uma brisa forte e bem hidratados, poderia causar uma insolação letal", detalha o professor Matthews.
🚨O pesquisador ainda alerta que esse cenário representaria uma mudança radical no risco de mortalidade por calor.
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