
28/01/2025
Seokhun Alex Kim é um estudante que veio da Coréia do Sul para o Brasil com a família, há 10 anos. A adaptação não foi fácil, mas, com o tempo, ele superou os desafios de viver em uma nova cultura e está se preparando para começar a vida universitária. Mas, mesmo antes disso, o estudante desenvolveu uma tecnologia que utiliza exclusivamente materiais vegetais naturais e transforma a borra de café em uma substância totalmente biodegradável, sem necessidade de interferências industriais.
A descoberta veio graças à dedicação de Alex Kim à atividades extracurriculares de estudo e ao seu desejo de deixar um impacto positivo no planeta e para as pessoas que conhece. Com esses objetivos em mente, ele conseguiu oferecer soluções para um desafio importante.
Atualmente, os processos para reutilização da borra de café adotam, em sua maioria, o Ácido Polilático (PLA), também conhecido como bioplástico. No entanto, o PLA só se decompõe completamente em condições específicas, como em instalações industriais de compostagem. Em ambientes comuns, não se degrada totalmente, e pode ser tão prejudicial ao meio ambiente quanto os plásticos derivados de petróleo.
Para encontrar um caminho melhor, Kim, radicado na cidade de São Paulo, realizou uma série de experimentos até alcançar a fórmula que dá um destino diferente aos resíduos do tradicional cafezinho. Com a aplicação da tecnologia, a borra que seria enviada a aterros sanitários ou à queima, assume um novo papel ao ser modificada para um substrato 100% biodegradável.
A solução inovadora já está em processo de registro de patente e é considerada uma alternativa viável para substituir bioplásticos sintéticos.
“O hábito de tomar café é uma tradição ao redor do mundo e me chamou atenção que das cerca de 10,3 milhões de toneladas produzidas anualmente no planeta apenas 0,2% é consumida e o restante (99,8%) são descartadas. Foi de onde partiu a ideia de pesquisar e desenvolver uma solução que pudesse trazer benefícios à natureza e ainda ter um papel social gerando renda para as pessoas”, explica Alex.
Além da capacidade de se decompor totalmente em poucas semanas quando descartada no meio ambiente, a técnica criada por Alex para a borra do café pode significar uma opção de renda extra para famílias em condições de vulnerabilidade econômica-social. O que era resíduo, vira matéria-prima para a confecção de novos produtos amigáveis à natureza, como sabão em barra, esfoliante para pele, vasos para plantas, sabonete esfoliante para os pés, entre outros.
Com a tecnologia desenvolvida, Kim fundou a startup Recafenet. A empresa, que funciona por meio do princípio da economia circular, estabelece parcerias em três frentes para a disseminação da tecnologia: com restaurantes e estabelecimentos comerciais para a coleta de resíduos; com cooperativas de artesãos para a produção das mercadorias; e com sites e lojas locais para venda dos produtos.
A Recafenet também tem um braço social voltado à realização de programas de treinamento para a fabricação de produtos a partir da borra de café em comunidades de baixa renda, uma vez que a técnica não requer condições industriais específicas e utiliza recursos naturais que protegem o meio ambiente e promovem um uso sustentável dos resíduos.
Fonte: CicloVivo
Novos registros da onça-pintada no RJ mostram o felino se refrescando em rio
18/12/2025
Lupo inaugura loja construída com tijolos 100% de resíduos têxteis
18/12/2025
Zona Leste de SP ganha pontos para descarte de tintas e latas
18/12/2025
Nova Lei da Agricultura Urbana de Curitiba segue para sanção
18/12/2025
Através de felinos, projeto monitora ameaças ao pampa, bioma menos protegido do Brasil; veja fotos
18/12/2025
Comunidades tradicionais do Bico do Papagaio alertam para recuo dos rios Tocantins e Araguaia
18/12/2025
