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Los Angeles entra em alerta extremo com condições que favorecem novos incêndios

16/01/2025

O Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos emitiu nesta terça-feira (14) um alerta para Los Angeles, na Califórnia, devido a ventos fortes, com rajadas de até 113 km/h, e a condições de ar seco que podem facilitar o "crescimento explosivo de incêndios".
Considerados os mais destrutivos da história da Califórnia, esses incêndios já mataram 24 pessoas, e outras 23 continuam desaparecidas. Mais de 100 mil moradores foram deslocados, e bairros inteiros, destruídos.
Um aviso de alerta vermelho extremo entrou em vigor às 4h do horário local (9h em Brasília) desta terça, e vai durar até as 12h (17h em Brasília) de quarta (15), de acordo com o jornal Los Angeles Times. O alerta se estende por todo o sul do estado, chegando até a fronteira com o México, e ao norte, até o condado de San Luís Obispo.
Há uma semana, foram rajadas com velocidades de furacão, algumas com mais de 120 km/h, que alimentaram e propagaram os incêndios que já destruíram mais de 12 mil estruturas, entre casas, galpões e outras construções. Esse medo retorna agora nesses próximos dois dias, com ventanias um pouco menos fortes, mas ainda furiosas.
Algumas delas poderiam expandir dois grandes incêndios que ainda estão queimando Los Angeles ou iniciar outros focos. Foi o que aconteceu na noite de segunda-feira (13), quando o fogo teve início no leito de um rio no condado de Ventura, a noroeste da cidade, e estava queimando descontroladamente nas primeiras horas da manhã desta terça, tendo se espalhado por 22,5 km². As equipes de combate a incêndios "permanecem no local apagando pontos quentes e trabalhando para aumentar a contenção", disse o departamento em uma postagem no X. Não há relatos de feridos.
As chamas em Palisades, região mais atingida, cobrem mais de 97 km² da área, com apenas 17% de contenção, enquanto em Eaton mais de 57 km² do bairro foi destruído, com o fogo contido em apenas 35% do local, de acordo com a Cal Fire, a agência estadual de combate a incêndios. Os números indicam o potencial de avanço do fogo.
Essas condições também não permitem que as aeronaves continuem suas missões de combate ao fogo. Com apenas o trabalho por terra, especialistas consideram impossível alcançar um progresso rápido. Em boa parte das regiões montanhosas, cheias de cânions, não há acesso por estradas.
Outra preocupação é que a infraestrutura elétrica possa causar novos incêndios, como já aconteceu no passado da Califórnia. O Departamento de Água e Energia de Los Angeles alertou na noite de segunda que poderia desligar a energia para clientes em áreas com alto risco de incêndio como medida de segurança.
Outra empresa de serviços públicos, a Southern California Edison, disse que já havia desligado a energia para mais de 60 mil clientes. Algumas vítimas do incêndio em Eaton entraram com processo contra a empresa na segunda, afirmando que a infraestrutura da empresa causou o incêndio. A companhia de energia nega ser a responsável.
Além disso, a crise habitacional se agrava em Los Angeles, que normalmente já enfrenta dificuldades com a falta de moradia acessível. Em resposta, a prefeita Karen Bass emitiu uma ordem executiva para acelerar a reconstrução e a aprovação de moradias temporárias.
O presidente Joe Biden anunciou na segunda que as pessoas impactadas pelos incêndios florestais da Califórnia receberão um pagamento único de US$ 770 (R$ 4,7 mil) "para que possam comprar rapidamente coisas como água, fórmula para bebês e receitas". Muitos reclamaram que o valor não era suficiente.
Quando florestas e pastagens pegam fogo, as equipes de combate focam em encontrar um ponto seguro a favor do vento e atacam o incêndio pelas bordas. Utilizam mangueiras para apagar as chamas e ferramentas para remover vegetação ou fazer queimadas controladas, criando uma linha de fogo que impede o avanço do incêndio. No entanto, com ventos fortes, é difícil garantir a segurança, pois brasas podem se espalhar rapidamente, fazendo com que o perigo se expanda muito além da frente do incêndio.

Fonte: Folha de S. Paulo

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