
14/01/2025
Confirmado agora como o novo ano mais quente da história da humanidade, 2024 foi também o primeiro a ultrapassar a barreira de 1,5°C de aquecimento em relação aos níveis pré-industriais. Essa cifra é indicada por cientistas como o limite para conter as piores consequências das mudanças climáticas.
Dados do observatório Copernicus, da União Europeia, divulgados nesta sexta-feira (10) indicam que a temperatura média global no ano passado foi 1,6°C superior aos valores de 1850 a 1900, o parâmetro para os termômetros antes da emissão em larga escala de gases-estufa.
Em 2024, a temperatura média no planeta foi de 15,10°C, ficando 0,12°C acima do que foi registrado em 2023, o até então recordista de calor da série histórica. Também no Brasil 2024 bateu o ano anterior como o mais quente já computado, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), considerando medições desde 1961.
Os resultados indicam que a Terra segue em trajetória de rápido aquecimento, alimentado pela concentração recorde de CO2 e de outros gases que ampliam o efeito estufa.
"Honestamente, eu já estou ficando sem metáforas para explicar o aquecimento que nós estamos vendo", disse Carlo Buontempo, diretor do serviço de mudanças climáticas do Copernicus.
"O que apresentamos hoje não são nossas opiniões pessoais nem cálculos de modelos complexos. Estes são dados baseados em observações, milhões de observações, que mais uma vez nos dizem de forma inequívoca que o clima continua aquecendo", completou o cientista durante a apresentação do relatório à imprensa.
Todos os 366 dias de 2024 tiveram aquecimento acima de 1,25°C, enquanto três quartos deles superaram 1,5°C.
Além de ser o consenso científico para limitar as piores consequências das mudanças climáticas, como o fim de países insulares, o aquecimento de 1,5°C também é a meta preferencial pactuada pela comunidade internacional no Acordo de Paris, de 2015.
Embora considerem que o resultado seja um sinal de alerta, os pesquisadores destacam que essa barreira ainda não foi definitivamente ultrapassada. Para isso, seriam necessárias duas décadas com temperaturas acima desse patamar.
Além do recorde nos termômetros aferido pelo observatório europeu, outras instituições, incluindo a Nasa (agência espacial americana) e a OMM (Organização Meteorológica Mundial), vinculada à ONU (Organização das Nações Unidas), confirmaram nesta sexta-feira que 2024 foi o ano mais quente da história da humanidade.
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