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USP lança Centro de Pesquisa em Clima e Sustentabilidade

17/12/2024

Nesta quinta-feira (12), foi inaugurado o Centro de Pesquisa e Inovação em Clima e Sustentabilidade (USPproClima). A universidade conta com o aporte financeiro da multinacional Ambipar, que investirá R$ 5 milhões nos próximos cinco anos. O montante contribuirá para a USP desenvolver pesquisas voltadas para mudanças climáticas e emergência ambiental e ainda no desenvolvimento de iniciativas práticas de descarbonização.
O USPproClima terá cinco áreas de pesquisas: Gerenciamento de Carbono e Soluções Baseadas na Natureza, Prevenção de Desastres, ESG, Economia Circular, além de Gestão de Resíduos Sólidos e Geração de Energia Renovável.
Entre as tecnologias já utilizadas na Cidade Universitária estão a energia fotovoltaica e o biodigestor, sistema desenvolvido pela própria USP que transforma resíduo orgânico em energia. A máquina é licenciada para operação em diversas cidades pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
Recentemente, a USP inaugurou o primeiro posto do mundo de hidrogênio feito a partir de etanol. O novo impulso deve avançar ainda mais as soluções desenvolvidas nesta que é uma das líderes em produção de pesquisa no Brasil.
O evento de lançamento da iniciativa ocorre em meio ao anúncio do UI GreenMetric World University Ranking 2024, uma métrica que pontua universidades de todo o mundo no desenvolvimento de projetos voltados à sustentabilidade ambiental nos próprios campi, na educação e pesquisas relacionadas ao tema e em ações promovidas junto à comunidade.
Em meio a 1477 universidades de 95 países, a USP que ocupava a oitava posição no ranking subiu para a quinta posição. Afunilando para a América Latina, a USP ocupa a primeira posição. Outra brasileira, entre as 50 melhores do mundo, é a Universidade Federal de Lavras (Ufla), de Minas Gerais, que figura na 35ª posição.
Nas primeiras posições estão a Universidade de Wageningen (Holanda), a Universidade Nottingham Trent (Reino Unido), a Universidade de Groningen (Holanda) e a Universidade College Cork (Irlanda). Entre as latino-americanas, depois da USP aparecem a Universidad Autónoma de Nuevo León (México), na 16ª posição, e a Universidad del Rosario (Colômbia), na 30ª.
Na classificação, a USP obteve 9.450 pontos do total de 10 mil.
“Esse é um resultado muito significativo para a Universidade de São Paulo, porque nós imaginamos uma relação íntima entre sustentabilidade e excelência. A USP não faz essa separação, a excelência pressupõe uma universidade sustentável e uma universidade inclusiva. Este é o tripé da nossa gestão. Estamos muito orgulhosos de participar deste ranking. Quero deixar o compromisso aqui assinalado que, no próximo, estaremos em uma posição mais alta”, destacou a vice-reitora da USP, Maria Arminda do Nascimento Arruda, após receber a placa alusiva à posição da USP no ranking das mãos da coordenadora do GreenMetric, Riri Fitri Sari, que também é professora da Universidade da Indonésia (UI), responsável pela criação do ranking, em 2010.
Os critérios de avaliação no ranking incluem ambiente e infraestrutura, transporte, uso de água, gestão de resíduos, energia e mudanças climáticas, educação e pesquisa. Durante a cerimônia de reconhecimento, realizada na Sala do Conselho Universitário, no prédio da Reitoria, em São Paulo, foi pontuado que enquanto na categoria educacional as universidades estão melhorando, sobretudo na oferta de cursos, a questão do resíduo segue como o maior desafio nas universidades do mundo todo.
Cerca de 41,5% do que foi descartado pelos brasileiros ao longo de 2023 tiveram destinação inadequada, como os lixões, segundo o último levantamento da Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema). A dificuldade de gerenciar os resíduos sólidos urbanos está longe de ser uma dificuldade exclusiva do Brasil, como pontua Roberto Azevêdo, presidente global de operações da Ambipar, ao CicloVivo.
“Um dos vários pilares de atuação da Ambipar é o manejo de resíduos, uma atividade que vai desde a coleta até o tratamento, reciclagem e a reintrodução dos resíduos no processo industrial. Parece fácil, óbvio, mas não é. Em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, em vários segmentos, a taxa de coleta não passa de 20%. São valores muito baixos. Temos muito o que fazer e a Ambipar está tentando se engajar em todas as etapas do processo”, afirma Azevêdo.
O executivo ressaltou que, para além da geração de energia a partir de resíduos orgânicos, embalagens, resíduos de combustíveis e de produção agrícola são potenciais fontes de energia ainda pouco exploradas. “A ambição da Ambipar é que não exista lixo, e sim fontes de energia e de material para o complexo industrial”.
Para a coordenadora do USPproClima, Patrícia Iglecias, o biodigestor é um exemplo de tecnologia que pode impulsionar a gestão de resíduos não só dentro da universidade, mas no país, uma vez que restos de alimentos – crus ou preparados – representam metade dos resíduos urbanos no Brasil, segundo o Ministério do Meio Ambiente. “Nós destinamos todos os resíduos dos restaurantes, do campus principal, já preparados para receber inclusive resíduos orgânicos do Ceagesp do Município de São Paulo. Nosso foco é justamente compartilhar a tecnologia com os municípios que possam ter interesse em utilizá-lo”, detalha em entrevista ao CicloVivo.

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