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´Venenoso e mortal´: o inferno de viver em Nova Déli, uma das cidades mais poluídas do mundo

17/12/2024

O inverno chegou à capital da Índia, Nova Déli. Com ele, veio uma conhecida sensação de pesar.
Aqui, o céu está cinza, coberto por uma manta espessa e visível de neblina e fumaça – o smog.
Basta ficar fora de casa por alguns minutos e você quase consegue sentir o gosto da cinza. Você irá sentir falta de ar em questão de minutos, se tentar correr ou até caminhar com passos mais rápidos no smog.
Os jornais locais voltaram a usar palavras como "tóxico", "mortal" e "venenoso" nas manchetes.
A maioria das escolas está fechada e as pessoas foram aconselhadas a permanecer dentro de casa. Mas isso é impossível para aqueles que precisam sair para trabalhar e garantir o seu sustento.
O índice de qualidade do ar de Nova Déli variou entre 1.200 e 1.500 em 18 e 19 de novembro, segundo diversas agências de monitoramento. O limite aceitável é abaixo de 100.
Estas avaliações medem os níveis de material particulado no ar – PM2,5 e PM10. Estas partículas minúsculas podem entrar nos pulmões e causar inúmeras doenças.
Nas redes sociais, as pessoas têm expressado sua comoção, angústia e descontentamento ao verem tudo isso acontecendo mais uma vez.
Além do pesar, existe uma forte sensação de déjà vu. Afinal, já presenciamos isso muitas vezes nos últimos 15 anos.
Em 2017, gravei em vídeo meu trajeto até o escritório. Naquela ocasião, o smog havia reduzido a visibilidade para menos de 2 metros. Mas, em 19 de novembro deste ano, o caminho parecia ainda pior.
Nós já cobrimos todos os aspectos desta história nas últimas duas décadas. Já informamos como a poluição está deixando as pessoas doentes e reduzindo sua expectativa de vida.
Contamos na BBC que a Suprema Corte da Índia exige ações urgentes do governo para combater a poluição todos os anos. E não foi diferente em 2024.
Informamos como as crianças são as mais prejudicadas pela poluição. Descrevemos como os políticos culpam uns aos outros pelo problema, todos os anos.
Já discutimos as principais causas do problema. Também comentamos as soluções, tanto as que funcionaram parcialmente quanto aquelas que foram completos fracassos.
Contamos como a poluição prejudica principalmente os mais pobres e quantas pessoas não têm escolha, a não ser sair para trabalhar em meio ao smog.
A cobertura jornalística faz parecer que estamos assistindo ao mesmo filme distópico todos os anos. Estamos presenciando a mesma história, com os mesmos personagens, enredos e roteiros idênticos.

Conclua esta leitura clicando no g1

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