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Investir na saúde do planeta aumenta o PIB e reduz pobreza

11/12/2025

A avaliação mais abrangente já realizada sobre o meio ambiente global constatou que investir em um clima estável, natureza e terra saudáveis ​​e um planeta livre de poluição pode gerar trilhões em PIB global adicional, evitar milhões de mortes e tirar centenas de milhões de pessoas da pobreza e da fome.
A sétima edição do Panorama Ambiental Global: O futuro que podemos escolher (Global Environment Outlook – GEO-7), lançado durante a sétima sessão da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente em Nairóbi, é o resultado do trabalho de 287 cientistas multidisciplinares de 82 países.
O relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) conclui que as mudanças climáticas, a perda de biodiversidade, a degradação da terra, a desertificação, a poluição e os resíduos têm causado um grande impacto no planeta, nas pessoas e nas economias – custando trilhões de dólares por ano. Seguir nos atuais caminhos de desenvolvimento só intensificará esse impacto.
No entanto, abordagens que envolvam toda a sociedade e todo o governo para transformar os sistemas econômico e financeiro, de materiais e resíduos, energia, alimentos e meio ambiente podem trazer benefícios macroeconômicos globais que poderiam chegar a S$ 20 trilhões por ano até 2070 e continuar crescendo.
Um fator-chave para essa abordagem é deixar de lado o PIB e adotar indicadores que também acompanhem o capital humano e natural, incentivando as economias a avançarem em direção à circularidade, à descarbonização do sistema energético, à agricultura sustentável, à restauração de ecossistemas e muito mais.  
“O Panorama Ambiental Global apresenta uma escolha simples para a humanidade: continuar no caminho para um futuro devastado pelas mudanças climáticas, natureza em declínio, terras degradadas e ar poluído, ou mudar de direção para garantir um planeta saudável, pessoas saudáveis e economias saudáveis. Não se trata de escolha alguma, na verdade”, disse Inger Andersen, diretora-executiva do PNUMA.
“E não nos esqueçamos de que o mundo já fez muitos progressos: desde acordos globais que abrangem as mudanças climáticas, a natureza, a terra e a biodiversidade, a poluição e os resíduos, até mudanças reais na indústria em expansão das energias renováveis, a cobertura global de áreas protegidas e a eliminação gradual de produtos químicos tóxicos”, acrescentou. “Apelo a todas as nações para que aproveitem estes avanços, invistam na saúde do planeta e conduzam suas economias rumo a um futuro próspero e sustentável.”  
O relatório apresenta dois caminhos de transformação, analisando: mudanças comportamentais para dar menos ênfase ao consumo material; e mudanças nas quais o mundo depende principalmente do desenvolvimento tecnológico e dos ganhos de eficiência.  
Os caminhos de transformação preveem que os benefícios macroeconômicos globais começarão a aparecer em 2050, crescerão para US$ 20 trilhões por ano até 2070 e, a partir daí, atingirão US$ 100 trilhões por ano. Os caminhos projetam a redução da exposição aos riscos climáticos, a redução da perda de biodiversidade até 2030 e o aumento das terras naturais.
Nove milhões de mortes prematuras podem ser evitadas até 2050, por meio de medidas como a redução da poluição do ar. Até 2050, quase 200 milhões de pessoas poderiam sair da subnutrição e mais de 100 milhões de pessoas sairiam da pobreza extrema.
Para atingir emissões líquidas zero até 2050 e garantir financiamento adequado para a conservação e restauração da biodiversidade, é necessário um investimento anual de cerca de US$ 8 trilhões até 2050. No entanto, o custo da inação é muito mais alto.

Esta reportagem pode ser lida na íntegra clicando no CicloVivo

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