
13/11/2025
Essa casa no México ganhou o nome curioso de 720 Graus por conta do seu formato. A escolha veio pelo fato da construção ser circular, concebido para lembrar um relógio de sol, somando o espaço em 360º do exterior e o espaço de 360º do pátio interno.
“A Casa 720 Graus foi concebida como um dispositivo geométrico e ótico – um relógio solar que mede o tempo através da luz e da sombra. A construção duplica a visão usual de 360 graus, expandindo a percepção e a interação entre os mundos interior e exterior”, explica a arquiteta responsável pelo projeto, Fernanda Canales.
Localizada nos arredores do Valle de Bravo, a casa se integra com a paisagem e foi projetada para abrigar duas famílias, ocupando uma área de 1,1 mil metros quadrados em um terreno de 2 acres.
Projetada para se adaptar às variações extremas de temperatura e às fortes chuvas sazonais, a residência tem um perfil baixo que acompanha a topografia do terreno, enquanto seus materiais permitem que ela se integre à paisagem.
A casa circular foi construída utilizando concreto misturado com terra, o que permitiu um acabamento natural conectado com o espaço, além de garantir mais sustentabilidade já que o material foi escolhido por sua durabilidade, origem local e baixa necessidade de manutenção.
O pátio circular a céu aberto, no coração do projeto, serve como núcleo geométrico e experiencial que conecta os espaços fechados tanto visual quanto espacialmente. A interação com a iluminação solar imita justamente os efeitos de um relógio de sol.
A casa foi projetada para ter fachadas voltadas tanto para o exterior quanto para o interior. “Durante o dia, a casa se abre para fora, emoldurando a vista da montanha e do vulcão”, conta Fernanda. “À noite, ela se volta para dentro, criando um ambiente íntimo e acolhedor.”
Os espaços de convivência retangulares estão dispostos ao longo do perímetro do pátio, combinando geometria ortogonal com linhas radiais e corredores de circulação curvos. A casa principal tem formato circular, com um pátio central e um segundo volume independente que abriga os quartos.
“A divisão em três volumes – casa principal circular, estúdio para hóspedes e edifício auxiliar – responde ao terreno natural e à necessidade de privacidade entre duas famílias, às vezes três famílias e hóspedes”, explicou Canales.
Os materiais e técnicas locais estão presentes em todo o interior, com carvalho e pedra que conferem solidez ao projeto, além de móveis e luminárias artesanais criados no local.
A organização da casa permite a ventilação cruzada natural em todos os ambientes, com aberturas flexíveis para entrada de luz natural e privacidade.
Painéis solares geram eletricidade e aquecimento em uma infraestrutura autossuficiente e isolada da rede elétrica. A eficiência energética vem com a iluminação natural e com o uso de materiais terrosos que ajudam a criar isolamento térmico.
“Essa casa funde arquitetura, paisagem e tempo em uma experiência espacial contínua, transformando a própria construção em um dispositivo para observar a luz, o clima e a vida”, finaliza a arquiteta.
Fonte: CicloVivo
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