UERJ UERJ Mapa do Portal Contatos
Menu
Home > Atualidades > Notícias
Como a crise do clima pode afetar o seu chocolate do dia a dia?

04/11/2025

Já pensou em ficar sem o chocolate da sobremesa? Não por dieta ou convicção, mas porque ele pode se tornar um produto tão caro e raro no mercado, que pode ser difícil encontrar um pedaço dele para comprar.

🔴 E como isso poderia acontecer? Porque o clima está mudando tanto e mundo ficando tão mais quente, que isso está afetando a produção de um dos doces mais populares do mundo.

🍫 A produção do cacau, matéria-prima do chocolate, depende de temperaturas estáveis e de umidade constante. A árvore do cacaueiro cresce apenas em regiões tropicais, próximas à linha do Equador. Mas, nos últimos anos, o aumento das temperaturas e a redução das chuvas têm afetado justamente os principais países produtores.

Mais de 60% de todo o cacau do mundo vem de quatro países da África Ocidental: Costa do Marfim, Gana, Nigéria e Camarões.
Esses países vêm enfrentando períodos de seca mais longos e calor mais intenso, o que tem reduzido as safras. O calor muda a delicada combinação do clima que é necessária para que o produto possa prosperar.
No ano passado, ano mais quente que a Terra já enfrentou, a safra de cacau caiu e isso fez o preço disparar:

🍫 Em 2024, a tonelada de cacau ultrapassou os US$ 11 mil na Bolsa de Nova York — mais que o dobro do valor registrado no ano anterior.

No Brasil, o cenário também preocupa. O país é um dos principais produtores de cacau do mundo, mas a maior parte das plantações fica no Nordeste, uma região cada vez mais quente e seca. A combinação de calor extremo, falta de chuva e avanço de pragas coloca em risco a produtividade.
O efeito chega direto ao bolso do consumidor. O chocolate ficou mais caro, e especialistas alertam que essa tendência pode continuar se as mudanças climáticas se agravarem.
O impacto das mudanças climáticas na agricultura vai muito além do preço do chocolate. À medida que o planeta aquece, culturas inteiras ficam ameaçadas, e isso coloca em risco a segurança alimentar global.
As plantações de grãos, frutas e café dependem de um equilíbrio sensível entre temperatura, umidade e regime de chuvas. Quando esse equilíbrio se rompe — com secas prolongadas, ondas de calor ou enchentes — a produtividade cai.

🔴 No Brasil, essa vulnerabilidade já é visível. O café, por exemplo, vem sendo afetado por temperaturas mais altas nas áreas tradicionais de cultivo em Minas Gerais e São Paulo. O arroz também sofre com a irregularidade das chuvas e com enchentes, como as que atingiram o Rio Grande do Sul.
Esses impactos não são apenas econômicos: eles afetam diretamente a oferta de alimentos básicos e aumentam o custo da comida, um dos principais motores da inflação.
O resultado é que o clima deixou de ser uma questão apenas ambiental — tornou-se um fator central de desigualdade e de insegurança alimentar no mundo.

Fonte: g1

Novidades

Novos registros da onça-pintada no RJ mostram o felino se refrescando em rio

18/12/2025

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em parceria com o projeto Aventura Animal, registrou, no úl...

Lupo inaugura loja construída com tijolos 100% de resíduos têxteis

18/12/2025

O Brasil descarta cerca de 4 milhões de toneladas de resíduos têxteis por ano, segundo a consultoria...

Zona Leste de SP ganha pontos para descarte de tintas e latas

18/12/2025

O Programa Retorna Tinta, da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati), foi ampliad...

Nova Lei da Agricultura Urbana de Curitiba segue para sanção

18/12/2025

A Câmara Municipal de Curitiba concluiu a análise do projeto cujo objetivo é modernizar a Lei da Agr...

Através de felinos, projeto monitora ameaças ao pampa, bioma menos protegido do Brasil; veja fotos

18/12/2025

Nos vastos campos no sul do Brasil, paisagem que costuma ser representada por trabalhadores rurais, ...

Comunidades tradicionais do Bico do Papagaio alertam para recuo dos rios Tocantins e Araguaia

18/12/2025

Em meio a debates sobre a real dimensão das mudanças climáticas e conferências como a COP30 para dis...