
09/10/2025
Até 19 de outubro de 2025, a 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, organizada pelo IABsp (Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo), ocupa o Pavilhão da Oca, no Parque Ibirapuera, na capital paulista. Sob o tema “Extremos: Arquiteturas para um Mundo Quente”, a edição discute o enfrentamento das mudanças climáticas e dos eventos extremos pelo olhar da arquitetura, do urbanismo, do design e do paisagismo.
O conceito curatorial desta edição parte do entendimento de que vivemos em tempos de extremos climáticos, exigindo da arquitetura soluções radicais e inovadoras. Nos quatro pisos do Pavilhão da Oca, os curadores propõe um encontro entre vanguardas científicas e inovação, saberes tradicionais, soluções do cotidiano e das periferias urbanas, propostas do mercado e ações do Estado para afirmar uma posição: o desafio das mudanças climáticas precisa ser enfrentado pelo conjunto da sociedade, na arena de disputas que a constitui.
“A 14ª Bienal de Arquitetura é uma arena. Evitamos propositalmente uma narrativa unívoca e colocamos em um mesmo espaço proposições decorrentes de visões de mundo diversas. Elas se enfrentam, se complementam, divergem, convergem, desafiam o visitante a pensar suas próprias escolhas”, afirma Renato Anelli, um dos curadores da Bienal de Arquitetura, sobre o caráter da proposta curatorial.
Após uma década de edições descentralizadas, a Bienal retorna à Oca no Ibirapuera, sede histórica das primeiras mostras, desde 1951, consolidando o espaço como um ponto de encontro das respostas globais da arquitetura às mudanças climáticas.
A Bienal destaca uma nova geração de arquitetos nascidos nos anos 1990, que combinam rigor construtivo, materiais sustentáveis e inovação tecnológica. “O resultado é uma arquitetura ao mesmo tempo investigativa, adaptável, consciente e meticulosamente construída”, afirma o curador Clévio Rabelo, sobre os arquitetos jovens com trabalhos expostos na 14ª BIAsp. Entre os nomes estão Mixtura (Itália), La Cuadrita (Paraguai), Cauce (Colômbia), Gustavo Utrabo (Brasil), Arquipélago (Brasil), Messina Rivas (Brasil), entre outros.
Arquitetos renomados também integram a mostra, como Eva Pfannes (OOZE), Liu Jiakun (ganhador do Pritzker), Shigeru Ban (Paper Log House), Kongjian Yu das cidades-esponja chinesas (que faleceu em uma queda de um avião em 24 de setembro na cidade de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul) e brasileiros como Gabriela de Matos, Aflalo | Gasperini, MMBB e Grupo SP.
Como resultado do esforço curatorial de trazer visões diferentes sobre o tema dos Extremos para a exposição, o visitante encontrará na Oca desde uma construção experimental em bambu (produzida em um workshop pelo mestre bambuzeiro Ventania junto com o Instituto Cambará) que, a partir de uma técnica tradicional, propõe uma estrutura que é ao mesmo tempo nova e evocativa da iconografia africana, até um arranha-céu inaugurado em 2022 como o mais alto da cidade de São Paulo.
Conclua a leitura desta matéria clicando no CicloVivo
Novos registros da onça-pintada no RJ mostram o felino se refrescando em rio
18/12/2025
Lupo inaugura loja construída com tijolos 100% de resíduos têxteis
18/12/2025
Zona Leste de SP ganha pontos para descarte de tintas e latas
18/12/2025
Nova Lei da Agricultura Urbana de Curitiba segue para sanção
18/12/2025
Através de felinos, projeto monitora ameaças ao pampa, bioma menos protegido do Brasil; veja fotos
18/12/2025
Comunidades tradicionais do Bico do Papagaio alertam para recuo dos rios Tocantins e Araguaia
18/12/2025
