
18/11/2025
Uma onça-parda mãe (Puma concolor) foi flagrada passeando com seus dois filhotes, com idades estimadas em um ano, em uma trilha da Reserva Biológica Estadual de Araras (Rebio Araras), unidade de conservação administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e situada em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. A cena foi registrada em outubro, por armadilhas fotográficas instaladas no ecossistema. As imagens, que capturam interações e comportamentos de aprendizado, são provas valiosas da reprodução e da estabilidade da população da espécie dentro da Rebio Araras.
O monitoramento sistemático da fauna na Rebio Araras é um projeto conduzido pelo Inea em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os estudos e o acompanhamento da fauna dessa unidade de conservação são realizados pelos pesquisadores e guarda-parques Vanessa Cabral Barbosa; Yan Rodrigues; Renato Sampaio e André Lanna.
De acordo com especialistas, a presença de grandes predadores em áreas protegidas é amplamente reconhecida como um sinal importante de integridade ecológica. Isso porque a onça-parda está no topo das cadeias alimentares e necessita de habitats amplos e ecologicamente equilibrados para sobreviver.
— Cada registro coletado representa não apenas um dado científico, mas também um indicador do equilíbrio e da resiliência dos ecossistemas da Mata Atlântica — explica a pesquisadora e guarda-parque do Inea Vanessa Cabral.
A observação de fêmeas acompanhadas de filhotes indica não apenas a presença de presas e recursos adequados, mas também a eficácia das iniciativas de conservação realizadas na Reserva Biológica de Araras, observa o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
— O emprego contínuo de armadilhas fotográficas como ferramenta de pesquisa e gestão ambiental tem facilitado o aumento do conhecimento sobre a ecologia de mamíferos de médio e grande porte, contribuindo para o desenvolvimento de táticas de manejo e proteção da vida selvagem – ressalta Rossi.
A onça-parda é nativa da Mata Atlântica e é o segundo maior felino das Américas, ficando atrás apenas da onça-pintada. Como predadora de topo de cadeia, ela é fundamental para o controle de populações de outras espécies. Também conhecida como Suçuarana e Leão-baio, a espécie alimenta-se de animais silvestres de portes variados e exerce papel vital na manutenção da integridade dos ecossistemas em que habita.
Com 3,8 hectares, a Reserva Biológica Estadual de Araras abrange parte dos municípios de Petrópolis e Miguel Pereira. Foi criada com o objetivo de assegurar a preservação dos remanescentes de Mata Atlântica presentes no chamado Corredor da Serra do Mar, ampliar o potencial de conservação da Região Serrana fluminense, manter populações de animais e plantas nativas e oferecer refúgio para espécies raras, vulneráveis, endêmicas e ameaçadas de extinção da fauna e flora nativas.
A Rebio Araras não é aberta ao público, sendo permitida somente visitação para pesquisa científica.
Fonte: Extra
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