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Frota da COP30 tem poucos carros híbridos flex, apesar de pleito de Lula por biocombustíveis

18/11/2025

Apesar do pleito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo aumento da produção mundial de biocombustíveis, a maior parte dos carros oficiais da COP30 combina apenas gasolina e eletricidade. Eles são produzidos, em sua grande maioria, por montadoras chinesas.
Os veículos foram entregues para a presidência da COP pelas chinesas BYD e GWM, além da japonesa Toyota.
A primeira forneceu 130 carros, sendo cem unidades do sedã King. Esse veículo é um híbrido plug-in, em que um motor a combustão é conciliado a um conjunto elétrico que pode ser recarregado na tomada. No entanto, só pode ser abastecido com gasolina, ainda que tenha uma autonomia elétrica de até 80 quilômetros.
Os outros 30 veículos da BYD trazem a tecnologia híbrida flex, novidade na linha. São SUVs Song Pro, que também podem ser abastecidos com etanol. A autonomia elétrica desse modelo —que ainda não está à venda— é de até 133 quilômetros.
Já a GWM entregou cem carros aos organizadores da COP30 dos modelos Tank 300 e Haval H6. Todos são eletrificados do tipo plug-in, mas seus motores não suportam o uso do biocombustível. Ambos têm autonomia a bateria entre 75 km e 170 km, o que também permite circular sem emitir gases.
A Toyota forneceu 70 veículos híbridos flex da linha Corolla, todos abastecidos com etanol. As opções da montadora japonesa são do tipo HEV (híbrido pleno), em que cujo objetivo é gerenciar os motores elétricos e a combustão para escolher a forma mais eficiente de rodar, mas sem recarga elétrica externa.
O uso de biocombustíveis pelo setor de transporte rodoviário é um pleito da Anfavea (associação de montadoras instaladas no Brasil), da qual a Toyota faz parte. Apesar de já terem inaugurado suas fábricas no Brasil, BYD e GWM ainda não são membros da entidade.
Entretanto, as empresas que integram a associação ainda não oferecem um grande número de modelos eletrificados feitos no Brasil. A tecnologia híbrida flex só deve ganhar escala e alternativas mais eficientes a partir do segundo semestre de 2026. Essas mesmas fabricantes enfrentam problemas globais diante do avanço chinês.
Na Europa, montadoras como Volkswagen, Renault, Stellantis e BMW já sentem os impactos do crescimento de marcas chinesas, que hoje têm cerca de 7% daquele mercado .
As montadoras ocidentais têm pressionado a Comissão Europeia a aumentar as barreiras contra a importação de veículos elétricos da China, que oferecem tecnologias mais eficientes a um preço menor.
O pleito da Anfavea é abraçado pelo governo brasileiro e pelo agronegócio, que veem potencial crescimento de demanda pelo etanol com uma eventual adoção de modelos híbridos flex pelas montadoras europeias fora do Brasil, principalmente em países do chamado Sul Global.
Na semana passada, o presidente Lula lançou, em Belém, um pleito para que o mundo quadruplique a produção de combustíveis sustentáveis, incluindo os biocombustíveis.
Mas, apesar de estarem atrás dos chineses na produção de motores elétricos, os europeus, liderados pela Alemanha, são receosos quanto ao uso de biocombustíveis no setor de transporte rodoviário. Eles temem que o aumento da demanda por esses combustíveis possa impactar a segurança alimentar no mundo e aumentar o desmatamento.
Na quinta-feira (13), o Greenpeace, uma das maiores e mais conhecidas organizações não governamentais do planeta, acusou a Toyota de propaganda enganosa ao classificar o etanol como uma solução de descarbonização. A ONG também criticou o pleito feito por Lula.

Fonte: Folha de S. Paulo

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