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Representantes de 180 países voltam a discutir tratado contra poluição plástica

05/08/2025

Representantes de quase 180 países se reunirão a partir desta terça-feira (5) na Suíça para uma nova e crucial etapa diplomática na busca pelo primeiro tratado mundial para eliminar a poluição plástica.
Em um contexto de fortes tensões geopolíticas e comerciais, a sessão de 10 dias (denominada INC-5.2) foi convocada após o fracasso da rodada organizada na Coreia do Sul, em dezembro, presidida pelo diplomata equatoriano Luis Vayas Valdivieso. Na ocasião, um grupo de países produtores de petróleo bloqueou qualquer avanço.
Diplomatas e defensores do clima alertam que os esforços da União Europeia e pequenos estados insulares para limitar a produção de plástico —alimentada por petróleo, carvão e gás— estão ameaçados pela oposição de países produtores petroquímicos e pela administração dos Estados Unidos sob Donald Trump.
As questões mais divisivas incluem a limitação da produção, o gerenciamento de produtos plásticos e produtos químicos preocupantes, e o financiamento para ajudar países em desenvolvimento a implementar o tratado.
Delegados informaram à Reuters que estados petrolíferos, incluindo Arábia Saudita e Rússia, planejam desafiar disposições-chave do tratado e pressionar por medidas voluntárias ou nacionais, dificultando o progresso em direção a um acordo legalmente vinculativo para enfrentar a causa raiz da poluição plástica.
Porta-vozes dos governos da Arábia Saudita e da Rússia não estavam imediatamente disponíveis para comentar.
Se nada for feito, o consumo mundial de plástico poderá triplicar até 2060, segundo as projeções da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, sufocando oceanos, prejudicando a saúde humana e acelerando a mudança climática.
Além disso, a quantidade de resíduos plásticos no solo e nos cursos de água, dos picos das montanhas até os oceanos, dobrará até 2040, de acordo com o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), que coordena as negociações da ONU.
O planeta produz atualmente 460 milhões de toneladas de plástico por ano, metade delas descartáveis. E recicla menos de 10% dos resíduos plásticos.
Com a decomposição em micro e nanoplásticos que contaminam os ecossistemas, os polímeros penetram no sangue e nos órgãos humanos, segundo estudos recentes. As consequências, ainda amplamente desconhecidas para a saúde das gerações atuais e futuras, são denunciadas por um grupo de quase 450 cientistas de 65 países que acompanham os debates.
Andres Del Castillo, advogado sênior do Centro para o Direito Ambiental Internacional (CIEL), uma organização sem fins lucrativos que fornece assessoria jurídica a alguns países participantes das negociações, disse que os estados petrolíferos estão questionando até mesmo fatos básicos sobre os danos à saúde causados pelos plásticos.
"Estamos em um momento de revisionismo, onde até a ciência é altamente politizada", disse ele.
O Departamento de Estado dos EUA informou à Reuters que liderará uma delegação apoiando um tratado que não imponha restrições onerosas aos produtores que possam prejudicar as empresas americanas.
Uma fonte familiarizada com as negociações disse que os EUA buscam limitar o escopo do tratado em questões como descarte de resíduos, reciclagem e design de produtos.
Isso ocorre enquanto a administração Trump revoga políticas ambientais, incluindo uma constatação científica de longa data sobre o impacto das emissões de gases de efeito estufa.

A matéria na íntegra pode ser lida na Folha de S. Paulo

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