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Minas Gerais poderá ter novo patrimônio da humanidade

10/07/2025

O Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, localizado no norte de Minas Gerais, está na lista de locais que poderão receber o título de Patrimônio Mundial Natural pela UNESCO. A decisão poderá ser anunciada durante a 47ª reunião do Comitê de Patrimônio Mundial, que acontecerá de 6 a 16 de julho em Paris. Se confirmado, o reconhecimento internacional poderá vir poucos dias antes de uma data emblemática para a conservação ambiental no Brasil: em 18 de julho, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) completará 25 anos de criação.
Com 56.448 hectares distribuídos pelos municípios de Januária, Itacarambi e São João das Missões, o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu abriga um dos mais importantes conjuntos de cavernas, sítios arqueológicos e pinturas rupestres do país. São 114 sítios arqueológicos catalogados, formações geológicas únicas e uma biodiversidade que reúne elementos da Caatinga, do Cerrado e da Mata Atlântica.
“O possível reconhecimento como Patrimônio Mundial Natural pela UNESCO representa não apenas a valorização de um tesouro natural e cultural brasileiro, mas também o resultado de mais de duas décadas de trabalho conjunto entre poder público e iniciativa privada para a preservação deste território único”, afirma Ana Cristina Moeri, diretora-presidente do Instituto Ekos Brasil, organização que atua no Peruaçu desde 2003.
Parceria público-privada como modelo de conservação
O caso do Peruaçu exemplifica como as parcerias público-privadas são fundamentais para a efetiva implementação e gestão das unidades de conservação no Brasil. O Instituto Ekos Brasil, organização sem fins lucrativos dedicada à proteção da biodiversidade e promoção da sustentabilidade, desenvolve trabalhos na região desde 2003, quando elaborou o Plano de Manejo do Parque.
Há oito anos, a organização mantém um Acordo de Cooperação com o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e desenvolve o Programa Peruaçu, que aplica recursos em diversas frentes: apoio à gestão do uso público do parque, pesquisas científicas, recuperação de nascentes e projetos socioambientais na Área de Proteção Ambiental (APA) Cavernas do Peruaçu.
A possível elevação do Peruaçu à categoria de Patrimônio Mundial Natural coincide com os 25 anos da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). Ao longo desses 25 anos, o SNUC tem sido fundamental para a proteção da biodiversidade brasileira, embora enfrente desafios constantes.
O SNUC estabeleceu critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação no Brasil, organizando-as em dois grupos: Proteção Integral e Uso Sustentável. Atualmente, o Brasil possui mais de 2.500 unidades de conservação, que protegem aproximadamente 18% do território nacional e 29% das águas jurisdicionais brasileiras.
“O aniversário do SNUC e a possível consagração do Peruaçu como Patrimônio Mundial no mesmo ano em que o Brasil recebe a COP30 nos convidam a refletir sobre a importância das áreas protegidas para que o Brasil cumpra suas metas climáticas e de preservação da biodiversidade. As parcerias entre governo, setor privado e terceiro setor são essenciais para garantir a efetividade dessas áreas e para o cumprimento dos compromissos assumidos por nosso país”, destaca Ana Moeri, do Instituto Ekos Brasil.
Além da preservação ambiental, o trabalho desenvolvido no Peruaçu tem gerado benefícios diretos para as comunidades do entorno, incluindo povos tradicionais e indígenas. O desenvolvimento do turismo sustentável, a valorização da cultura local e a implementação de projetos socioambientais têm contribuído para melhorar a qualidade de vida e criar oportunidades econômicas na região.
O projeto Florescer no Cerrado, por exemplo, capacita lideranças femininas em gestão de negócios sustentáveis. Já o Floresta Viva restaura nascentes e áreas degradadas, envolvendo diretamente as comunidades locais.
“O reconhecimento internacional do Peruaçu pode impulsionar ainda mais o turismo sustentável na região, trazendo visibilidade e recursos para a conservação e para as comunidades locais. É um exemplo concreto de como a conservação ambiental pode caminhar junto com o desenvolvimento socioeconômico”, conclui Ana Moeri, do Instituto Ekos Brasil.

Fonte: CicloVivo

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