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Despoluição da baía de Guanabara é novela interminável

04/02/2025

Igual às novelas de sucesso, sempre reprisadas e fonte de remakes, a despoluição da baía de Guanabara está de volta. É um drama que vale para tudo: alavancar campanhas políticas, privatizar serviços de água e esgoto ou promover Rio e Niterói como sedes do Pan-Americano de 2031. A proposta consta do legado ambiental citado no documento de candidatura das duas cidades.
Promessa antiga, essa. No fim da década de 1960, quando eu era um menino de sunga e bonezinho e, munido de pá e balde, pegava tatuí na praia do Flamengo, os banhistas já se preocupavam com a qualidade da água, a qual só piorou desde então.
Guanabara em tupi significa seio do mar. Porta de entrada histórica do Rio, paisagem cantada em prosa e verso e zilhões de vezes reproduzida em pinturas e fotos, a baía é parte do Patrimônio Mundial da Unesco e um dos sistemas costeiros mais poluídos do planeta. Recebe litros e litros de esgoto por segundo.
Ao redor dela vivem 10 milhões de habitantes e nela pode-se ver qualquer coisa: lixo doméstico, resíduos industriais, cadáveres. O que sumiu foram os botos-cinza, símbolo estampado no brasão da cidade.
De forma oficial, as primeiras iniciativas de despoluição remontam a 1991, quando foi assinado o termo de cooperação entre os governos brasileiro e japonês, com mais de US$ 1 bilhão de investimento. Após 15 anos, o programa se mostrou ineficaz. Biólogos afirmam que verba não faltou. O fracasso se deveu à má gestão.
Para os Jogos Olímpicos de 2016 houve mais promessas, e nada saiu do papel. Para o Pan-Americano, a proposta depende do acordo entre o governo do estado e a Águas do Rio, cujo contrato de concessão assinado em 2021 prevê um plano de despoluição da baía até o ano que vem e que, até 2033, 90% da população dos 27 municípios onde opera tenha tratamento de esgoto. Até agora a empresa não conseguiu resultados positivos.
A única área que teve alguma melhora foi a praia do Flamengo, com o desvio do "assassinado" rio Carioca. Mesmo assim os tatuís ainda não voltaram.

Fonte: Folha de S. Paulo

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