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São Paulo cria órgão para unificar informações de radares meteorológicos contra crise climática

23/01/2025

O Governo de São Paulo vai unificar informações de todos os radares meteorológicos do estado e de outros instrumentos de monitoramento de previsão do tempo, inclusive da iniciativa privada. As informações serão gerenciadas pelo Cepram (Centro Paulista de Radares e Alertas Meteorológicos), criado a partir de um decreto publicado no último dia 18 de dezembro.
O novo órgão, que tem sido chamado informalmente de "Cemaden paulista", em alusão ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, está sendo montado nas instalações do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da Defesa Civil, que está em obras no Palácio dos Bandeirantes, sede da gestão estadual.
O anúncio do Cepram está previsto para a manhã desta quarta-feira (22) e será feito pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O investimento total é estimado em R$ 44 milhões, custo que inclui também sistemas de alertas. O valor contempla, entre outros, a compra de radares meteorológicos, sirenes instaladas em sete municípios e contratação de serviços de meteorologia.
Somente a reforma da estrutura atual do CGE custou cerca de R$ 600 mil. A estimativa é que as instalações fiquem prontas até o fim do mês.
"A gente já vem trabalhando com essas informações, mas o decreto deu mais legitimidade", afirma o coronel Henguel Ricardo Pereira, coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil.
O Cepram funcionará sob gestão da Defesa Civil estadual e contará com profissionais especializados como meteorologistas, hidrólogos e geólogos de ao menos três secretarias, mais a Casa Militar do gabinete do governador. Os dados serão abertos.
Atualmente, o estado de São Paulo conta com sete radares meteorológicos, dois deles adquiridos recentemente, o de Ilhabela, no litoral norte, que custou R$ 10 milhões, e outro instalado em Campinas, comprado por cerca de R$ 4 milhões e gerenciado pelo Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Dos sete, um é gerido pela SP Águas, dois são pela USP (Universidade de São Paulo), três pela Unesp (Universidade Estadual Paulista) e um pela Unicamp.
Outros dois estão em processo de importação e deverão ser instalados em aproximadamente um ano no Guarujá, na Baixada Santista, e no centro do estado —este terá um raio de atuação de 400 km.
Com dados disponíveis em um único lugar, a ideia é fazer uma cobertura meteorológica mais refinada e informativa de todo o território paulista, inclusive com previsão de eventos extremos.
Também serão utilizadas informações de equipamentos privados, como o de meteorologia do porto de Santos, ou voltados à previsão meteorológica para agricultura.
O projeto de integração começou a ser fomentado após a as chuvas do Carnaval em 2023 que mataram 64 pessoas em São Sebastião, em um evento climático rotulado como extremo.
"As mudanças climáticas chegaram e bateram na nossa porta, é uma realidade", afirma o chefe da Defessa Civil de São Paulo.
Por enquanto, diz, as imagens geradas pelos radares são analisadas individualmente. Mas a ideia é que sejam sobrepostas.
A segunda fase do projeto é unir as informações do Cepram aos serviços de meteorologia de estados que fazem divisa com São Paulo. "O centro servirá de referência para outros estados", diz.
Com os dados em mãos, diz o coronel Henguel, será possível tomar decisões preventivas e emitir alertas mais assertivos para áreas de risco.
As chuvas deste mês em Peruíbe, no litoral sul paulista, deixaram quase 500 desabrigados, mas não houve nenhuma morte, diz ele, porque todas as pessoas que estavam na região foram avisadas do perigo — desde o início de dezembro, alertas compulsórios são disparados para telefones celulares que estejam em áreas de riscos extremo ou severo no estado de São Paulo.

Fonte: Folha de S. Paulo

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