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Emissões de CO2 por combustíveis fósseis alcançam recorde sem limite à vista, indica estudo

14/11/2024

As emissões de CO2 por combustíveis fósseis alcançaram este ano um novo recorde, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (13, data local) por cientistas do Global Carbon Project, que não prevê um limite claro no uso de petróleo, gás e carvão.
Segundo este estudo de referência, as emissões mundiais de CO2 procedentes de combustíveis fósseis alcançarão um nível recorde em 2024 com 37,4 bilhões de toneladas, 0,8% maior que em 2023.
Ao acrescentar as previsões de emissões ligadas à mudança no uso do solo, como o desmatamento, as emissões totais devem alcançar este ano 41,6 bilhões de toneladas, um aumento de 2,5%.
As emissões totais de CO2 permaneceram em um platô na última década, segundo o Global Carbon Project.

"Os efeitos da mudança climática são cada vez mais dramáticos, mas nada indica ainda que o uso de combustíveis fósseis tenha alcançado seu ponto máximo", declarou o professor Pierre Pierre Friedlingstein, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, que dirigiu o estudo.

Segundo Glen Peters, do Centro para a Pesquisa Internacional sobre o Clima, de Oslo, na Noruega, o mundo está "frustrantemente perto" de um pico de emissões de combustíveis fósseis.
"As [energias] renováveis aumentam fortemente", assim como os carros elétricos, "mas ainda é insuficiente", indicou ele aos jornalistas.
Desde 2023, a Agência Internacional de Energia (AIE) calcula que o consumo mundial de combustíveis fósseis (petróleo, gás e carvão) alcançará seu ponto máximo "antes de 2030".
Ao ritmo atual, a equipe de 120 cientistas responsáveis pelo relatório Global Carbon Budget calcula que há 50% de chance de o aquecimento global superar +1,5°C em comparação com a era pré-industrial, o objetivo mais ambicioso do Acordo de Paris de 2015, "de forma constante nos próximos seis anos, aproximadamente".
O relatório indica também que os níveis atuais de eliminação de dióxido de carbono através da tecnologia, excluindo os meios naturais como o reflorestamento, só permitem compensar um milionésimo do CO2 emitido pelas energias fósseis.

Fonte: g1

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