17/10/2024
Na última semana, fenômenos extremos atingiram os Estados Unidos e o Brasil com inundações, fortes ventos e apagões. O Profissão Repórter desta terça-feira (15) destacou os impactos das mudanças climáticas nas vidas das pessoas.
Segundo pesquisadores de universidades dos Estados Unidos, Europa e Ásia, a crise climática aumentou em 10% a força dos ventos e em 20% o volume das chuvas do furacão Milton.
Em Sarasota, cidade de 60 mil habitantes que foi a primeira a ser atingida pelo furacão Milton, na última quarta-feira, os ventos superaram os 200 quilômetros por hora, mas perderam força ao chegar na Flórida. Mesmo assim, milhares de casas foram danificadas, ruas ficaram alagadas e ao menos 17 pessoas morreram.
Cerca de 48 horas depois da passagem do furacão Milton por Sarasota, apenas um posto de combustível estava funcionando.
“A gente só pode levar 19 litros por pessoa. Todo mundo quer levar o máximo possível. É um caos, em qualquer lugar", relata um homem.
Mais de 3 milhões de moradores ficaram sem energia nas cidades atingidas pelo Milton. E saíram para comprar combustível para os geradores.
“Estamos 38 horas sem luz", diz uma mulher.
Na Carolina do Norte, a equipe mostrou como ainda é possível ver os rastros de destruição do furacão Helene, que chegou à costa da Flórida no dia 26 de setembro, com ventos de 225 quilômetros por hora. Ele seguiu em direção ao norte, deixando um rastro de destruição e 235 mortes em seis estados americanos.
Mike conta que moradores esperaram por resgate no telhado das casas. Alguns não sobreviveram.
“A represa estava prestes a romper, então abriram as comportas. A água subiu três metros acima da estrada que passa aqui", conta.
No Brasil, a e cidades do interior foram atingidas por uma grande tempestade. A velocidade dos ventos foi recorde: chegou a 108 quilômetros por hora. 2, 1 milhão de imóveis ficaram sem luz.
Em um prédio, a falta de energia parou os elevadores. O zelador tem que ficar subindo e descendo as escadas para atender os moradores. Para cumprir as obrigações de trabalho e faculdade, o morador Ângelo Macedo buscou alternativas longe de casa.
"Eu tive que pagar um hotel. Foi o último recurso", conta o publicitário.
A professora Suzana Camargo, especialista em furacões e mudanças climáticas, da Universidade de Columbia, explica que, há muitos anos, já é consenso entre de que mais gases de efeito estufa na atmosfera aquecem o planeta. Uma das consequências são os furacões mais intensos.
De acordo com Suzana, ninguém, em nenhum lugar, está livre das consequências do aquecimento global.
"Infelizmente, não existe algum lugar que é completamente seguro e que não vai ser afetado por mudanças climáticas", afirma a especialista.
Fonte: g1
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