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Cidade do México troca aeroporto por um lindo ecoparque

27/08/2024

Em 2018, a construção de um aeroporto na Cidade do México foi interrompida por uma votação popular. A área que seria ocupada por pistas de pouso, grandes estruturas e aviões ganhou um novo destino com o projeto do arquiteto Iñaki Echeverria. Um ecoparque que vai ser três vezes maior do que Manhatan, em Nova Iorque, já teve as suas primeiras fases concluídas e foi aberto ao público.
O projeto do Parque Ecológico do Lago Texcoco envolveu a regeneração e construção de infraestrutura pública em uma área pântano no lado leste da capital do México. Os 14.030 hectares tornam o ecoparque um dos maiores parques urbanos do mundo. Para completar, um decreto federal protege o lugar, declarado como um sítio ecológico.
O parque foi projetado justamente para mitigar os efeitos da densidade e das mudanças climáticas, garantindo o bem-estar e a segurança de vida da população.
Enquanto outros arquitetos criticavam o fim das obras do aeroporto, Echeverria escreveu sobre usos potenciais do parque desde o início dos anos 2000 e começou a trabalhar em um conceito que levou ao esboço atual. A ideia sempre foi preservar a ecologia do local, que o arquiteto afirma remontar ao início dos anos 1900.
“Existe essa ideia de que, de alguma forma, esse projeto de regeneração parou o aeroporto. Eu vejo isso de outra forma: foi o aeroporto que interrompeu o projeto de regeneração”, ressalta.
Para garantir que este propósito seja respeitado, o arquiteto disse que só aceitaria fazer parte da construção, caso tornasse diretor do parque depois que as obras fossem finalizadas. Isso porque, segundo Echeverria, o projeto é “a chave para uma regeneração maior da área”.
“Este não é realmente um projeto sobre a Cidade do México – é um empreendimento maior, é o vale inteiro. Por si só, o parque não pode garantir o futuro do vale, mas é essencial para uma regeneração maior da área”, explicou ele. “A restauração ecológica não é apenas uma questão de estética, mas também de subsistência”.
O lugar onde hoje fica o ecoparque, e que quase se tornou um aeroporto, era originalmente ocupado por um dos enormes lagos que enchiam o Vale do México em tempos pré-coloniais. As terras do Parque Ecológico do Lago Texcoco são altamente salinizadas e são coberto por lagos, assentamentos informais e agricultura. Hoje, o local é cercado por todos os lados por sistemas de filtragem de água e bairros residenciais densamente povoados.
Grande parte do projeto envolveu a restauração dos pântanos, incluindo a construção de estufas para cultivar e plantar nativas na área.
Além da regeneração e preservação de áreas verdes, o parque ganhou edifícios como uma plataforma de observação, um centro de visitantes, pavilhões esculturais e um parque esportivo.
A equipe reaproveitou a infraestrutura e das estradas do aeroporto para facilitar a construção do parque esportivo. Isso inclui o uso de uma antiga ponte para garantir o acesso público ao terreno, sempre com o objetivo de minimizar os impactos ambientais.
“Encontramos muito concreto e terra árida e decidimos que usaríamos essas áreas para o que quer que fôssemos construir de forma mais intensa. O resto do parque seria menos humanizado ou urbanizado”, conta Echeverria.
Os campos são organizados como “ilhas” para minimizar o impacto e também para preservar as instalações esportivas durante as inundações anuais da área.
Além de trazer opções esportivas e de lazer, melhorando a vida social da comunidade, o parque vai ajudar a reduzir as temperaturas do entorno, graças ao ecossistema regenerado.
Echeverria observa que a presença de um sistema de filtragem de água e infraestrutura ao redor do parque permite que a “infraestrutura azul e verde” seja integrada de forma mais racional à cidade, sem limites rígidos.
“Este projeto é o que venho chamando há algum tempo de infraestrutura leve ou engenharia leve. A engenharia precisa evoluir para algo muito mais sensato, que ocupe o espaço de forma mais eficiente”, finaliza o arquiteto.

Fonte: CicloVivo

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