25/07/2024
Pavani Lolla, uma engenheira indiana desenvolveu uma composteira doméstica que, segundo a idealizadora, converte resíduos orgânicos em adubo em apenas 7 dias. O produto recebeu o nome de Vapra e, segundo sua idealizadora, oferece uma solução rápida e eficiente para transformar resíduos orgânicos, quando a compostagem termofílica tradicional e minhocários podem levar meses para cumprir esse processo. Outra vantagem é a ausência de odores, garantida por uma mistura especial para a compostagem que acompanha a máquina.
Depois de experimentar diversas técnicas de compostagem, ela criou a própria composteira. E deu certo. O composto orgânico produzido pela Vapra já foi testado e aprovado por Pinnaka Padma, moradora de Hyderabad, mesmo local que Pavani. Pinnaka mantém em seu terraço mais de mil plantas – um paraíso verde cultivado com muito cuidado e com o adubo produzido pela composteira.
“O que me fascinou foi que se pode descartar qualquer tipo de lixo orgânico, de cascas de vegetais a restos de comida, e obter composto em apenas sete dias”, garante Pinnaka Padma.
O kit de compostagem doméstica criado por Pavani consegue processar até 1 quilo de lixo orgânico por dia. Adequado para varandas, a composteira portátil pode ser colocada em qualquer lugar. O preço é de 3,5 mil rúpias, algo em torno de R$ 235, e inclui uma mistura em pó verde.
“Nosso kit tem uma composteira giratória e um pacote de 2kg de mistura verde. Coloque todo o pacote de mistura verde na composteira, adicione 400 ml de água no primeiro dia e misture manualmente. Depois você pode adicionar resíduos orgânicos, como cascas de frutas e restos de comida. Uma vez adicionados os resíduos, feche a tampa e gire o a composteira cinco vezes”, explica a engenheira.
Pavani Lolla é engenheira do Instituto de Tecnologia Vignana Bharathi e projetou a Vapra durante a ‘Eco Club’, uma iniciativa da universidade para promover práticas sustentáveis.
Durante uma visita a uma comunidade realizada para aumentar a consciencialização sobre a separação de resíduos, ela percebeu a falta de motivação entre os habitantes da aldeia para separar os resíduos, já que todos acabavam misturados em aterros sanitários.
A engenheira pesquisou e constatou que 60% do lixo doméstico na Índia é orgânico e descartado de forma inadequada em aterros sanitários, gerando emissões de metano que contribuem para o aquecimento global. Além disso, nas áreas urbanas, muitas pessoas gastam grandes somas em fertilizantes orgânicos devido à complexidade do processo tradicional de compostagem doméstica.
“Por que não construir uma máquina onde os resíduos orgânicos sejam separados e compostados em casa?”, refletiu Pavani.
Em 2020, Pavani projetou sua própria composteira, uma solução que que facilita a compostagem diária de resíduos orgânicos e contribui para tornar a prática uma rotina nas residências. Nesse mesmo ano, ela fundou a ‘Future Steps’ junto com seus colegas Mahesh U e Siddhesh Sakore para comercializar o produto.
Além do tempo reduzido para gerar o adubo orgânico, a composteira Vapra dispensa a necessidade de se aumentar artificialmente a temperatura para a decomposição, mantendo um processo natural.
A mistura verde elimina odores desagradáveis, permitindo que os resíduos sejam reciclados em casa sem complicações. Em um mês, a máquina converte pelo menos 30 quilos de resíduos de cozinha em adubo.
A ‘Future Steps’ já vendeu mais de 6 mil kits de compostagem em Telangana, Maharashtra, Nova Deli e Karnataka. Uma composteira maior, para compostagem comunitária, também está disponível no site da empresa.
Pavani lembra que sua decisão de se dedicar à destinação correta de resíduos orgânicos foi questionada por amigos e familiares no início, já que este é um desafio significativo. Mas ela conta que se sente motivada todos os dias para trazer uma solução para as famílias indianas.
Ela sabe que serão necessários anos para resolver totalmente o problema, mas conta que está feliz por ter dado os primeiros passos com uma solução que pode promover um futuro mais sustentável, com menos aterros sanitários e solos mais saudáveis.
Fonte: CicloVivo
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