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Colapso recorde na Antártida: geleira recua 8 km em dois meses e surpreende cientistas; entenda

04/11/2025

Entre novembro de 2022 e janeiro de 2023, a geleira Hektoria, localizada na Península Antártica Oriental, perdeu 8 quilômetros de gelo em apenas dois meses, um ritmo quase dez vezes mais rápido que o já registrado para geleiras presas ao solo.
O evento extremo foi descrito por cientistas da Universidade do Colorado Boulder em um artigo publicado na revista científica "Nature Geoscience" nesta segunda-feira (3), que aponta uma explicação inédita: a presença de uma “planície de gelo”, uma área de base rochosa plana sob a geleira, que teria permitido que ela flutuasse de forma repentina, levando a um colapso em cadeia

🧊 ENTENDA: Essa planície funciona como uma espécie de “piso instável” para a geleira. Quando o gelo se torna mais fino, ele perde parte do contato com o solo e começa a boiar sobre a água do mar, o que reduz o atrito e enfraquece sua estrutura.

A partir desse momento, o bloco de gelo passa a se mover com mais facilidade, fragmentando-se em grandes pedaços e liberando icebergs em série.
E foi justamente esse mecanismo, e não um aumento súbito de temperatura, que desencadeou o recuo acelerado da Hektoria.
O resultado foi um colapso súbito, como se toda a base da geleira tivesse cedido de uma vez.
Naomi Ochwat, pesquisadora do Instituto Cooperativo para Pesquisas em Ciências Ambientais (CIRES, na sigla em inglês), explica que, por causa disso, a Hektoria passou por uma sequência de eventos que culminaram no maior recuo já documentado em uma geleira continental.
Quando sobrevoamos a Hektoria em 2024, não consegui acreditar na vastidão da área que tinha colapsado”, disse Ochwat. “Ver aquilo de perto foi estarrecedor”.
A pesquisa mostra que o recuo começou após o rompimento do gelo marinho que estabilizava a geleira havia uma década.
Com a perda desse suporte, o gelo começou a se fragmentar, acelerando o derretimento e a movimentação do fluxo glacial. A
A equipe identificou um pico de retração em novembro e dezembro de 2022, quando o front da geleira recuou 0,8 km por dia, o equivalente a 40 km² de gelo.
Além do colapso visível por satélite, os cientistas registraram uma série de “terremotos glaciais”, pequenas ondas sísmicas geradas pelo desprendimento de blocos de gelo.
Esses tremores confirmaram que o gelo ainda estava preso ao leito rochoso durante o evento, o que significa que a perda contribuiu diretamente para o aumento do nível do mar.


A matéria completa pode ser lida no g1

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