
09/10/2025
Respirar ar limpo em uma capital movimentada parece impossível, mas Paris, na França, mostrou que é possível.
Há pelo menos dez anos, a cidade iniciou uma transformação urbana para reduzir a poluição do ar. A mudança começou pelo transporte, um dos principais reesposáveis pelas emissões de gases poluentes na capital francesa.
🚗 Para isso, desde 2015, a circulação de automóveis foi reduzida à metade. Mais de 200 ruas tiveram o tráfego completamente proibido, e o plano da prefeitura é continuar ampliando essas áreas e chegar até 500 vias. Isso significa que, no futuro, uma em cada dez ruas na cidade vai ser exclusiva para o pedestre.
💸 Para além de proibir carros, a capital também passou a adotar medidas para desestimular o uso de veículos pesados, que são mais poluentes, nas ruas onde ainda se pode andar de carro. Uma das mais recentes foi o aumento do valor do estacionamento de SUVs: carros com peso igual ou superior a 1,6 tonelada pagam 18 euros por hora (cerca de R$ 100) na região central — uma taxa que pode chegar a R$ 2,4 mil por um dia inteiro.
❌ Outra medida foi a redução drástica da velocidade na cidade: por lá, carros só podem andar a 30km/h. A ideia é que isso desestimule o motorista e também deixe o trajeto mais seguro para quem escolhe caminhar ou percorrer Paris de bicicleta.
As restrições fazem parte de um esforço maior para combater os carros a combustíveis fósseis. Em 2019, o ministério dos Transportes da França anunciou a meta de banir completamente esse tipo de veículo até 2040. O objetivo é eliminar a emissão direta de dióxido de carbono, um dos principais gases do efeito estufa, e acelerar a transição para veículos elétricos e híbridos.
Além das proibições, a cidade investiu em transporte público e alternativas menos poluentes. A frota de ônibus ganhou modelos híbridos e elétricos, e a malha de ciclovias foi ampliada. Hoje, há mais de 80 quilômetros de ciclovias, e a meta é que até 2026 a cidade seja totalmente adaptada às bicicletas.
O resultado foi uma mudança real no modo de se deslocar atualmente:
* 53% das viagens em Paris são feitas a pé
* 30% por transporte público
* 11% de bicicleta
* 4,3% de carro
Os efeitos também aparecem nos dados da qualidade do ar. De acordo com a Airparif, organização independente que monitora a poluição na região metropolitana, os níveis de material particulado fino (PM2,5) caíram 55% desde 2005, e as concentrações de dióxido de nitrogênio (NO₂), 50%.
➡️ O material particulado fino é formado por partículas microscópicas geradas pela poluição e que penetram fundo nos pulmões. Elas estão associadas a doenças respiratórias e cardiovasculares.
➡️ Já o dióxido de nitrogênio está ligado à queima de combustíveis fósseis.
Segundo especialistas, o exemplo mostra que a redução de carros e a mudança do modal de transporte é possível, mas depende de políticas consistentes e de um redesenho do modelo de mobilidade urbana, capaz de colocar o transporte público e as opções menos poluentes no centro das cidades.
Fonte: g1
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