
10/06/2025
A jaguatirica (Leopardus pardalis) que foi resgatada no município de Trajano de Moraes (RJ) após ser atingida por mais de 20 tiros de chumbo voltou à natureza após aproximadamente dois meses. A soltura aconteceu na última sexta-feira (6), mas o local não foi divulgado por questões de segurança do animal.
O animal foi encontrado na Serra das Almas no dia 15 de abril, e o atendimento emergencial foi realizado pelo Instituto BW, uma ONG com projetos de reabilitação de animais selvagens.
A soltura contou com a parceria Guarda Ambiental de Trajano de Moraes e de Saquarema, do Secretário de Meio Ambiente de Trajano de Moraes, William Castellane, e do Inea (nstituto Estadual do Meio Ambiente), por meio da Gerfau (Gerência de Fauna).
"O animal foi atingido por uma armadilha popularmente chamada de trabuco. Foram retirados mais de 30 projéteis do animal, além de cuidados ortopédicos em uma de suas patas. O processo de reabilitação durou dois meses. Foram três procedimentos cirúrgicos com muitos exames laboratoriais e de imagem", explicou coordenadora de veterinária do Instituto BW, Paula Baldassin.
O felino, que é um macho adulto, passou por cirurgias para a remoção dos projéteis, inclusive um que à época do resgate estava alojado em seu olho.
Ele também tinha espinhos de ouriço na região do pescoço e uma fratura consolidada na pata dianteira direita, ambos recuperados.
Após exames, foi constatado que o animal estava apto para retornar à natureza.
"Nossa fauna precisa de cuidados, e a soltura desse animal nesta semana do Meio Ambiente [o Dia do Meio Ambiente é celebrado em 5 de junho], tão emblemática, significa uma segunda chance para todos. Precisamos respeitar o ambiente em que os animais selvagens vivem. Por eles e por nós também", afirmou Baldassin.
De acordo com o Instituto BW, a jaguatirica apresenta ampla distribuição no Brasil, com registros em quase todos os estados. As evidências científicas apontam que a espécie está fortemente associada a ambientes florestais com densa cobertura vegetal e presença de corpos hídricos, uma vez que tem sua dieta majoritariamente composta por pequenos mamíferos, peixes e crustáceos.
Fonte: Folha de S. Paulo
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