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Técnica usa luz para facilitar e baratear a reciclagem de plásticos

25/02/2025

Uma equipe de cientistas e engenheiros de materiais da ETH Zurich (Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, na Suíca) desenvolveu um processo químico acionado por luz para quebrar certos polímeros em seus monômeros constituintes. O estudo foi publicado na Science.
Nos últimos anos, cientistas se conscientizaram de novos problemas associados à produção em massa de polímeros — microplásticos agora podem ser encontrados em todas as partes da Terra, incluindo dentro de praticamente todas as pessoas do planeta, conforme apontam diversas pesquisas – veja exemplos aqui e aqui.
A maioria dos métodos atuais de reciclagem de plástico depende de trituração mecânica macroscópica, limpeza e reprocessamento. Como resultado, as propriedades se degradam em relação ao polímero virgem. Neste novo estudo, pesquisadores da Suíça desenvolveram uma maneira de decompor plásticos em seus constituintes monoméricos, permitindo uma reciclagem muito mais fácil e barata.
Plásticos são polímeros, substâncias feitas de grandes moléculas chamadas macromoléculas, que consistem em subunidades menores chamadas monômeros. Eles são formados usando um processo chamado polimerização, que em essência combina os monômeros em uma única substância, ou seja, plástico. Separá-los novamente provou ser difícil e caro, até agora.
O novo processo envolve colocar o polímero em um solvente de diclorobenzeno e então brilhar uma luz violeta sobre ele enquanto as reações no solvente ocorrem — nenhum reagente ou outro catalisador é necessário. As únicas outras ressalvas são que as condições no tanque devem ser mantidas acima de 90°C, e a luz deve permanecer acesa o tempo todo. Uma vez terminado, o resultado é um tanque cheio de monômeros e outros produtos químicos, que podem ser facilmente separados e reciclados.
Para os cientistas da ETH Zurich, a decomposição química no monômero original permitiria uma purificação mais completa e, em seguida, a repolimerização para restaurar o desempenho ideal.
A técnica foi descoberta por acidente, então a equipe procurou explicar por que ela funcionava tão bem. Eles descobriram que o diclorobenzeno, quando exposto ao polímero, produzia radicais de cloro sob a luz. Os radicais então puxavam átomos de hidrogênio de partes aparentemente aleatórias da estrutura do polímero, causando sua quebra. Melhor ainda, quando ele quebrava, um novo radical era formado, dando início a mais reações.
Os pesquisadores reconhecem que a reação é lenta, mas também notam que ela tem um alto rendimento e que é simples, fácil e barata de conduzir. Eles sugerem que ela poderia transformar a reciclagem de plásticos ao redor do mundo.

Confira o estudo no CicloVivo

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