07/01/2025
Depois da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP 29), no Azerbaijão, o Itamaraty, o Ministério do Meio Ambiente e a Casa Civil começaram a trabalhar na construção da COP 30 no Brasil, que será realizada em Belém (PA) em novembro deste ano.
Contudo, Lula ainda não indicou quem vai presidir a COP 30. Desde o ano passado, assessores da Presidência vêm aconselhando o mandatário a definir e anunciar um nome.
Havia, inclusive, a previsão de que o presidente fosse escolhido e anunciado em Nova York, durante a participação do presidente em agendas às margens da abertura da Assembleia Geral da ONU. Não foi o que aconteceu.
Esperava-se, então, um anúncio durante a COP29, em Baku. Mas Lula sequer viajou para o evento, após sofrer uma acidente doméstico no Palácio da Alvorada. O ano de 2025 inicia, portanto, com essa indefinição.
Apesar disso, o histórico aponta que a designação do presidentes da COP pode acontecer em janeiro, como tem acontecido nas últimas duas edições. Mukhtar Babayev foi designado presidente da COP29 (Baku) em 5 de janeiro de 2024. Já Al Jaber foi apontado como presidente da COP28 (Dubai) no dia 12 de janeiro de 2023.
O nome mais cotado para ser indicado à presidência da COP 30 é o do embaixador André Corrêa do Lago. O diplomata tem trabalhado com temas de desenvolvimento sustentável desde 2001.
O cargo de presidente de uma COP tem peso importante, pois cabe ao ocupante da função mediar e articular os debates com outros países, e, até mesmo, construir consenso para uma declaração final.
A COP 30 terá grandes desafios. A Conferência do Azerbaijão não resolveu totalmente a questão do financiamento climático. E o governo brasileiro tem visto com preocupação a carga de demandas que a cúpula terá de resolver.
Segundo especialistas, o Brasil terá a responsabilidade de retomar o debate e avançar em acordos para a preservação ambiental e climática.
Para o Itamaraty, a COP 30 poderá deixar como "grande legado" a renovação de compromissos com a redução das emissões de gases poluentes e o término de debates que o Azerbaijão não concluiu.
Além da presidência da COP 30, ainda está indefinido o nome de quem ocupará o posto de Campeão de Alto Nível sobre Mudanças Climáticas. Trata-se de uma função da estrutura da Organização das Nações Unidas (ONU). O indicado terá um mandato de dois anos e também será escolhido por Lula
O ocupante do cargo será responsável por fazer uma ponte institucional entre os países da COP e outros atores que têm interesses nas negociações da Conferência, como o mercado, a sociedade civil, a academia e movimentos sociais.
A indicação desse nome passará pelo crivo de quem for escolhido presidente da COP 30. Mesmo assim, alguns nomes já são cotados, segundo fontes da diplomacia brasileira, como o da matemática Thelma Krug, que foi vice-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU.
O perfil dela é considerado técnico e discreto. E ela tem bom trânsito na comunidade internacional especializada em clima.
A reportagem na íntegra pode ser lida no g1
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