05/11/2024
Um convite do Centro Internacional de Inovação e Transferência de Tecnologia Agropecuária levou os brasileiros Thiago Tadeu Campos e José Nakane para a Nigéria, por 15 dias. Os agricultores são especialistas no cultivo de alimentos orgânicos da Academia Malunga e viajaram para compartilhar o que sabem com a equipe da SCL, uma empresa agroalimentar com foco na produção de alimentos, unindo o cuidado com as pessoas e com o meio ambiente.
O objetivo inicial da viagem era implementar estufas de tomate, pimentão e pepino no sistema orgânico da empresa, que já estava montado, mas que não alcançava bons resultados. “Encontramos a estufa com plantas doentes de tomate, pimentão e pepino. Havia a presença de “pragas” como a traça e ralstonia, uma bactéria de solo”, conta Thiago.
Seguindo os princípios da agricultura orgânica, o primeiro passo foi encontrar bioinsumos para as estufas. Thiago e José optaram pela utilização de pó de rocha, tratos culturais e uso de ozônio como técnicas limpas e sustentáveis para melhorar a produção.
Além da infestação de insetos e bactérias, as estufas apresentavam outros problemas em relação ao seu tamanho e construção. O pé direito era muito baixo, o que tornava a temperatura interior mais alta do que o recomendado. Além disso, não havia uma antecâmara para controlar a entrada de insetos e entradas com telas para garantir a ventilação.
Tudo isso foi corrigido e um sistema de irrigação mais eficiente também foi implantado. “As pessoas que trabalham na fazenda da SCL foram super receptivas, tinham um grande interesse e fome por aprendizado”, lembra o agricultor.
Outra mudança importante foi o uso de esterco de gado, material disponível em abundância na fazenda, como adubo para o cultivo nas estufas e nas mudas do viveiro, área que também passou por transformações.
Thiago conta que as mudas ficavam dispostas diretamente no solo, o que faz com que as raízes “se enrolem e isso prejudica a saúde da muda”. Brasileiros e nigerianos se uniram para construir bancadas suspensas, além de reformar a área do viveiro, higienizar as bandejas e produzir substrato orgânico para o solo e para os bastonetes onde as mudam ficam.
“Com a bancada suspensa, o trabalho deles vai ficar muito mais fácil e as mudas mais fortes”, garante Thiago.
Os resultados do que foi compartilhado pelos brasileiros já começaram a aparecer. A infestação de traças e ralstonia foi eliminada – agora as plantas crescem muito mais fortes. Com o sistema de irrigação, as mudanças estruturais nas estufas, a produção melhorou, sem o uso de produtos sintéticos que trazem riscos para a saúde e para o meio ambiente.
“A sensação é muita gratidão por levar para eles a possibilidade de produzir com os insumos locais sem o uso de produtos químicos. As pessoas envolvidas podem se alimentar com segurança e vender para os consumidores um alimento limpo e saudável”, comemora Thiago.
Quer aprender a cultivar alimentos em estufas?
Nos dias 28 e 29 de novembro Thiago vai ministrar um curso presencial de Cultivo Protegido na Produção de Hortaliças Orgânicas, na Fazenda Malunga, em Brasília. Para mais informações, envie um email para academiamalunga@gmail.com ou uma mensagem para o WhatsApp +55 61 981713532.
Fonte: CicloVivo
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