15/10/2024
Pablo e sua família decidiram construir um chalé a poucos quilômetros do povoado de “El Calvario”, em Pastaza – a maior província do Equador. A proposta visa proporcionar uma experiência única de conexão com o ambiente amazônico, em uma área de 2,5 hectares. Mas, ao buscar um estúdio de arquitetura, uma premissa deveria ser respeitada: preservar o que existe, como um ato de respeito e bom agouro para e com a mãe natureza.
Tendo como ponto de partida o objetivo de gerar renda, mas sem destruir a paisagem, foi desenhado o projeto de hospedagem pela empresa Mestizo Estudio Arquitectura. Diversas técnicas foram empregadas para reduzir os impactos ambientais negativos sem deixar de lado o conforto aos futuros hóspedes.
O chalé 45 m² foi erguido no sudeste do lote, ponto onde converge a vida selvagem. O projeto utiliza uma variedade de materiais reciclados, incluindo tubos metálicos da indústria petrolífera e malha eletrosoldada, além de recursos naturais como rochas, madeiras e bambu.
A construção busca valorizar a cultura ancestral e integrar aprendizados contemporâneos à arquitetura vernacular. Com uma estrutura horizontal, a edificação é cercada pela densa selva úmida equatoriana. Um grande ponto de destaque é a Piptocoma discolor (Pigüe), uma espécie nativa da Amazônia que atravessa o telhado da edificação.
“Essa ação nos mostra possibilidades conscientes de intervir em ambientes naturais sensíveis, identificando e reavaliando potencialidades do lugar; uma hospedagem que se encontra imersa na selva amazônica equatoriana, onde em seu interior habita uma árvore de Pigüé viva, capaz de trazer e atrair mais vida consigo”, afirma a empresa de arquitetura.
Ao garantir a árvore em pé, o projeto possibilita que seu tronco permaneça úmido, preservando assim seu microssistema. A árvore de Pigüé simboliza a coexistência harmoniosa entre a construção e a natureza, segundo os arquitetos.
Outros pontos a serem destacados nesse projeto é que a cobertura do chalé é projetada para suportar as intensas chuvas e ventos da região. Já a estrutura principal é composta por uma fileira de tubos metálicos reciclados, que elevam o chalé e preservam a infraestrutura contra a umidade. Além disso, tirar a construção do chão é uma forma de proteger as nascentes, a fauna e ainda proporcionar espaço para a regeneração natural arbustiva que oferece sustentação ao talude. A opção ainda permite a instalação de biofiltros para o tratamento de águas residuais.
Por fim, a edificação é composta por materiais naturais e reciclados, como rochas fracionadas e preenchidas com malha eletrosoldada (que formam seu muro principal), móveis e estruturas de madeira, além de bambu (para revestir o teto). Painéis de vidro delimitam os espaços enquanto conectam com o exuberante habitat natural exterior. Certamente, uma hospedagem inesquecível para qualquer viajante.
Fonte: CicloVivo
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