03/10/2024
Duas unidades de conservação localizadas em Piracicaba (SP), a Estação Ecológica de Ibicatu e a Área de Proteção Ambiental (APA) Tanquã, têm 38 espécies exóticas invasoras (EEIs) na soma dos tipos catalogados nos espaços, conforme estudo recente feito em conjunto por pesquisadores de diferentes órgãos, incluindo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
De acordo com a Fundação Florestal de São Paulo, órgão do Governo do Estado de São Paulo que administra as unidades em Piracicaba, a invasão das espécies exóticas é uma das cinco maiores causas da perda de biodiversidade no Brasil.
📖Os dados compõem um estudo, que serviu como base para um artigo publicado recentemente, no último dia 27 de setembro, na revista científica Biological Invasions.
O material tem como autores Ana Luiza Castelo Branco Figueiredo, Silvia M. Futada, Renato Fiacador de Lima, Pablo Pacheco, Lilian Bulbarelli Parra, Patrícia Beatriz Puechagut, Carlos Eduardo de Siqueira & Michele S. Dechoum, de diferentes instituições de educação.
🐶Cão doméstico é exótico?
Você sabia que o cão doméstico também está na lista de espécies exóticas? Além do animal, há ainda o javali (Sus scrofa), a tilápia (Coptodon rendalli), carpas, pardais (Passer domesticus), pombo doméstico (Columba livia) e o pássaro Bico de Lacre (Estrilda astrild).
Unidades de conservação
Unidades de conservação são áreas que reúnem importantes características naturais, que têm, entre suas finalidades, a preservação e a recuperação de ambientes e recursos naturais.
As espécies exóticas invasoras (EEIs), de acordo com dados científicos, estão entre as principais causas de perda da biodiversidade mundialmente e podem afetar a qualidade da água, a segurança alimentar e a regulação climática.
A Fundação Florestal, órgão do Governo do Estado de São Paulo que administra as unidades em Piracicaba, disse ao g1 em nota que possui um programa de identificação, monitoramento e erradicação de espécies exóticas e invasoras, que atua no controle dessas ações.
O artigo, intitulado “Espécies Exóticas Invasoras em Unidades Federais e Estaduais do Brasil: Status, padrões de distribuição e recomendações para manejo”, foi publicado na revista Biological Invasions, com o título em inglês “Baseline data and recommendations to decrease the introduction and spread of invasive non-native species in federal and state protected areas in Brazil”.
O material registrou mais de 5.600 espécies exóticas invasoras em 327 unidades de conservação estaduais e 234 federais. São animais, plantas, samambaias, microrganismos, algas e musgos.
O estudo que deu origem ao artigo aponta, ainda, a existência de cinco EEIs em outras duas unidades de conservação localizadas na região de Piracicaba: quatro na Estação Ecológica de Barreiro Rico, em Anhembi (SP); e uma na Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade, em Rio Claro (SP).
De acordo com o levantamento, a Estação Ecológica de Ibicatu tem, atualmente, cinco espécies exóticas invasoras.
Já a APA Tanquã, cuja localização é dividida pelos municípios de Piracicaba, São Pedro (SP), Santa Maria da Serra (SP), Anhembi (SP), Botucatu (SP) e Dois Córregos (SP), reúne 36 espécies exóticas invasoras.
Como três dessas espécies se repetem (estão presentes em ambas), são 38 EEis distintas, no total.
Entre as espécies, estão animais como javali (Sus scrofa), tilápia (Coptodon rendalli), cão doméstico (Canis familiaris) e Bico de Lacre (Estrilda astrild).
Conclua a leitura clicando no g1
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