03/10/2024
Com o intuito de evidenciar os impactos das mudanças climáticas, que estão provocando uma estiagem sem precedentes na Amazônia, o Greenpeace Brasil instalou um imenso banner no leito exposto do Rio Solimões, um dos principais rios do mundo, que integra a Bacia Amazônica.
No leito seco do Solimões, onde a Defesa Civil aponta uma diminuição de nível entre 20 e 30 cm por dia, ativistas estenderam a mensagem: “Cadê o rio que passava aqui?”. Em trechos significativos do rio Solimões, como Tabatinga, Fonte Boa e Coari, o nível do rio atingiu a triste marca de ser o mais baixo da história.
Rômulo Batista, coordenador de Florestas do Greenpeace Brasil, ressalta que a ação busca mostrar como a crise climática está impactando a maior floresta tropical do mundo, suas comunidades e os seus rios, que são essenciais para o ecossistema global.
“Os governos municipais, estaduais e federal, bem como os nossos legisladores, já deveriam ter tomado providências concretas, como a elaboração de planos de adaptação às mudanças climáticas para evitar que as comunidades locais – formadas por ribeirinhos, indígenas, quilombolas, pescadores e agricultores –, que menos contribuíram para as mudanças climáticas, sejam as mais afetadas”, afirma Batista.
No mesmo local, em inglês, os ativistas também compuseram a mensagem “Who Pays?” (Quem Paga), alertando a sociedade de que quem mais está sofrendo com os impactos da crise do clima são as populações que menos contribuíram para tal crise. Como a ciência vem nos alertando, os principais responsáveis pela emergência climática são a queima de combustíveis fósseis, como o petróleo, e a destruição de ecossistemas naturais, como a floresta amazônica.
“Estamos questionando, ‘quem vai pagar’ pelas consequências dos eventos climáticos extremos que estão acontecendo na Amazônia? Também expressamos nossa solidariedade a todas as pessoas afetadas pela crise climática, pois elas estão pagando o alto preço de uma crise criada por grandes poluidores ávidos por lucros. As grandes empresas de petróleo e gás devem ser responsabilizadas e, à medida que o mundo se prepara para a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis, os governos devem forçar as grandes petrolíferas a parar de perfurar e começar a pagar pelos danos climáticos que causaram”, diz Batista.
Fonte: CicloVivo
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