03/10/2024
Gerar energia renovável no telhado, reduzindo os custos de eletricidade doméstica e ainda promovendo a sustentabilidade. Pensou em energia solar? Até poderia ser, mas a prefeitura de Bruxelas, na verdade, quer entender se é possível diversificar as fontes de energia limpa da população por meio da produção de energia eólica em casa.
A administração municipal de Bruxelas, capital da Bélgica, investiu 6 mil euros para testar uma nova mini turbina eólica em uma torre residencial na Avenue de l’Héliport, no distrito de Laeken. O plano prevê inicialmente a instalação de dez dessas turbinas eólicas no telhado do mesmo edifício.
O equipamento, que pode ser instalado no teto de um prédio para fornecer eletricidade para residências, foi desenvolvido pela startup Renewind -, projetada para aproveitar ao máximo a aceleração do vento na borda do telhado, um fenômeno que pode produzir entre 1 e 3 MWh por ano.
“A tecnologia de turbinas eólicas urbanas provavelmente nos permitiria produzir eletricidade em todas as estações, com produção estável e previsível”, diz Benoît Hellings, vereador de Bruxelas para o Clima, citado pela RTBF (emissora de rádio e televisão pública belga).
Como o vento pode ser menos previsível em centros urbanos e edifícios podem causar obstruções, a produção doméstica de energia a partir dos ventos nas cidades ainda está longe de ser comum. Entretanto, em localidades pouco ensolaradas, mas bem expostas a correntes de ar regulares, esta pode ser uma grande opção. No caso da Bélgica, há o intuito de testá-la em outras regiões, expandindo a nova tecnologia por todo o país.
Uma pesquisa do Instituto de Energia e Ambiente e do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP desmistifica a ideia de que a energia eólica só pode ser gerada por turbinas grandes em áreas abertas. O estudo, focado em aerogeradores de pequeno porte em um edifício no centro de São Paulo, concluiu que os ventos urbanos, embora instáveis e turbulentos, podem ser fontes viáveis de energia renovável.
Os dados foram coletados entre 2014 e 2018, e a velocidade média do vento registrada foi de 3,92 m/s, com melhores índices entre setembro e novembro. O aerogerador Proven 2.5 se destacou, com uma geração estimada de 4.330 kWh/ano, suficiente para abastecer duas residências. No entanto, o alto custo dos equipamentos importados (cerca de R$ 43 mil) torna a viabilidade econômica baixa, com um retorno do investimento previsto em 16 anos.
Apesar do Brasil ser o oitavo país em capacidade de geração eólica, a pesquisa em turbinas de pequeno porte é escassa. As novas normas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) permitem que consumidores gerem e forneçam energia renovável, aumentando a geração distribuída. No entanto, as mini eólicas representam apenas 0,3% desse total, em parte devido à falta de dados sobre os ventos nas cidades.
Fonte: CicloVivo
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