20/08/2024

As festas tradicionais são parte da cultura brasileira. Do carnaval às festas juninas, o país é famoso pela música popular e alegria. Mas estes eventos podem ter um impacto negativo, com muitos resíduos sendo espalhados por aí. Para garantir a sustentabilidade, o São João de Caruaru, um dos maiores eventos festivos do país, contou com uma equipe dedicada para coletar e destinar corretamente o vidro. A startup Green Mining ficou responsável pela operação e ao final da festa, que durou 72 dias, 28 toneladas de vidro foram encaminhadas para a reciclagem.
As festividades atraíram uma multidão de 3,7 milhões de pessoas que aproveitaram 1,3 mil atrações culturais e movimentaram mais de R$ 688 milhões. Catadores e associações de reciclagem também saíram felizes: no total as equipes de trabalho para a gestão do vidro receberam R$ 15 mil reais em diárias e pelo valor de todo o material coletado – um benefício social e ambiental.
“Além de comprar o vidro coletado, contratamos diárias dos serviços prestados. Com a nossa atuação e sistema de logística reversa, conseguimos garantir que todo o material coletado no evento foi, de fato, encaminhado para a reciclagem, beneficiando financeiramente e de forma justa a todos os envolvidos da cadeia de compra dos materiais. Foi o maior valor já pago pelo vidro na história do São João! É assim que queremos mudar a taxa de reciclagem e a valorização deste resíduo”, afirma Rodrigo Oliveira, CEO da Green Mining.
A ação implementada pela startup segue a mesma metodologia utilizada no projeto Estação Preço de Fábrica, que tem unidades em São Paulo, Minas Gerais, Tocantins e Bahia. Incentivando a adoção de práticas sustentáveis, o projeto paga de forma justa, qualquer pessoa que queira vender embalagens pós-consumo. “Nosso objetivo é democratizar o acesso ao valor real dos materiais para qualquer pessoa, principalmente aqueles que dependem da venda dos recicláveis para o seu sustento, como os catadores e carroceiros. Conseguimos propor valores que são pagos nas usinas de reciclagem porque otimizamos todo o processo”, explica Rodrigo.
O pagamento de um valor maior por volume de recicláveis entregues à Green Mining é maior porque a startup faz uma conexão direta com as usinas de reciclagem, eliminando atravessadores que lucram com o material, mas acabam baixando o preço pago a quem efetivamente faz a coleta.
Além da parceria com a Green Mining, o São João de Caruaru forneceu mais de 2,5 mil refeições para catadores, realizou ações de educação ambiental e teve 3 mil plantios e sementes doadas, com 5 escolas atendidas e 182 alunos beneficiados.
A Green Mining é uma startup pioneira em logística reversa inteligente e uma das selecionadas, em todo o mundo, pela cervejaria Ambev por meio do programa 100+ Accelerator. Desde 2018, já coletou e encaminhou para reciclagem mais de 8 milhões de quilos de embalagens pós-consumo e evitou a emissão de 1,3 milhão de quilos de CO₂. Integrante do grupo de empresas do Pacto Global da ONU, maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, participou da COP26 e do World Economic Forum 2023, em Davos, apresentando seus projetos e soluções de rastreabilidade com tecnologia blockchain.
Vencedora do ‘Better World Award’, realizado na Bélgica; da competição mundial de Ideias de Negócios Verdes da Climate Ventures e da 1ª edição brasileira do evento europeu Greentech Challenge. Por três anos consecutivos, a startup foi premiada no Ranking 100 Open Startups, entrando para o TOP 10 na categoria CleanTechs em 2021 e CityTechs em 2022 e 2023. Além de ser ganhadora do prêmio inglês Latam Edge Awards em 2022 e o Green and Digital Startup Award da Câmara Brasil-Alemanha na categoria Economia Circular.

Fonte: CicloVivo